gastronomia

Criador do Slow Food lança livro com 200 produtos da biodiversidade brasileira

O fundador do Slow Food Internacional, jornalista italiano Carlo Petrini, lança o livro “A Arca do Gosto no Brasil. Alimentos, conhecimentos e histórias do patrimônio gastronômico”, nesta quarta-feira, 24, às 9 horas, na Biblioteca Pública.

Na oportunidade, Petrini profere a palestra com o tema “O valor da biodiversidade para uma nova economia sustentável”. O evento é aberto ao público.

A publicação do livro é do Slow Food e da Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo, com a contribuição da rede brasileira do Slow Food e do projeto “Alimentos Bons, Limpos e Justos: Ampliação e Qualificação da Participação da Agricultura Familiar Brasileira no Movimento Slow Food”, responsável por mapear e registrar os produtos descritos no livro.

O registro aponta 200 produtos da biodiversidade agroalimentar brasileira em risco de desaparecimento.

Carlo Petrini assina a apresentação do livro, no qual descreve:  “A extraordinária variedade de ambientes naturais e de climas que o Brasil oferece, junto de sua civilização milenária de culturas indígenas sobre as quais foi imposta a grande tragédia da colonização europeia e de sucessivas ondas migratórias dos últimos dois séculos, compõem de fato o berço da biodiversidade do mundo inteiro e a publicação quer ser o primeiro experimento com o objetivo de valorizar essa herança e torná-la conhecida pelo grande público”.

Um dos objetivos da visita ao Acre é lançar o movimento Slow Food, cuja premissa principal é promover o alimento bom, limpo e justo para todos.

Petrini está em Rio Branco acompanhado por Valentina Bianco, coordenadora de novos projetos do Slow Food Internacional na América do Sul, com foco principal no Brasil, e Carlos Demeterco, coordenador do movimento na Região Norte.

O grupo também visitou a Escola de Gastronomia e Hospitalidade, na Cidade do Povo (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

O grupo esteve nesta terça-feira, 23, na Casa Civil, com a primeira-dama Marlúcia Cândida e equipe, para conhecer o Programa de Gastronomia de Baixo Carbono e ações de políticas de desenvolvimento sustentável e indígenas. O grupo também visitou a Escola de Gastronomia e Hospitalidade, na Cidade do Povo. A agenda segue até quinta-feira, 25.

Petrini narra que alimentar-se vai muito além da saciedade ou do prazer de comer. É um ato político. “Escolher o que se come, conhecer a origem dos alimentos e a forma como chegaram à mesa é também uma forma de incentivar pequenos produtores e a fomentar a economia e a tradição de uma região”, comenta.