Para governador Binho Marques, parcerias com instituições costarriquenhas fazem Acre avançar na política de sustentabilidade socioambiental rumo à Nova Economia
A Costa Rica se caracteriza por ser uma das nações latino-americanas com a melhor qualidade de vida, sendo a sexta nação com o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na região e a terceira em melhor sistema de saúde. É a primeira em expectativa de vida, ultrapassando inclusive os Estados Unidos e Canadá. Além disso, a Costa Rica é o país com maior variedade de flora e fauna de toda a América Central. Um dos geradores desses atributos é a vocação ambiental do país, que, assim como o Acre, desenvolve uma economia de baixo carbono e alta inclusão social.
O país desenvolveu instrumentos que ao mesmo temo valorizam, mantêm e geram renda a partir de sua biodiversidade e do conhecimento acerca dela. A Costa Rica chegou a ter apenas 20% de suas florestas, mas trabalhou para recuperá-la e hoje tem mais de 50%, projetando chegar a 60% em breve.
A viagem do governador Binho Marques àquele país traz para o Acre avanços significativos rumo à Nova Economia, tomando como base a implantação de um escritório do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (Catie) em Rio Branco, num primeiro momento, e em Xapuri, numa etapa definitiva. O Catie é uma instituição internacional que atua de modo ostensivo para reduzir a pobreza através da educação, pesquisa e cooperação técnica, além de promover a gestão sustentável da agricultura e dos recursos naturais. Combina a ciência, a pós-graduação e a cooperação técnica para alcançar essa meta.
"Nós estamos finalizando um trabalho de cooperação entre o Acre e a Costa Rica, que vai contribuir muito não só hoje, mas para os próximos anos, e vai fortalecer a economia do Acre. Estamos trabalhando com uma economia de baixo carbono e de alta inclusão social. Em outras palavras, é o que a Costa Rica está fazendo, sendo que o Acre tem um território que é três vezes o desse país. Ou seja, a gente pode fazer muito mais se encurtar caminhos, e encurtar caminhos é aprender o que a Costa Rica começou a fazer há vinte anos", disse o governador, ao avaliar o resultado da missão que contou com a participação dos secretários Eufran Amaral (Meio Ambiente) e Fábio Vaz (Governo).
"O Catie vai se estabelecer no Acre, formando uma capacidade de recursos humanos que nós precisamos para os próximos anos. Nós estamos investindo num projeto de alta rentabilidade ao mesmo tempo que vai fazer com que nós possamos ter maior distribuição de renda. É o que está acontecendo na Costa Rica. Ao visitar esse País, a gente imagina o Acre daqui a vinte ou trinta anos", afirmou Binho Marques.
O secretário de Governo, Fábio Vaz, não tem dúvida quanto às grandes possibilidades que o modelo costarriquenho pode trazer para o Acre. "Um elemento que a gente tira de lição é a capacidade de empreendedorismo que foi desenvolvida pela Costa Rica, fazendo com que cada particularidade da natureza vire negócio, seja unidade de conservação, seja com turismo, seja com produtos que possam ser gerados de sua biodiversidade. Temos muito o que aprender na Costa Rica", disse Fábio Vaz.
Esse aprendizado, observa o secretário Eufran Amaral, potencializa a valorização do ativo ambiental do Acre. "A Costa Rica é um país que fez um grande trabalho de recuperação de floresta. Viemos aqui conhecer essas lições para que possamos consolidar ainda mais a Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal", disse Eufran.
{xtypo_quote}Nós estamos finalizando um trabalho de cooperação entre o Acre e a Costa Rica, que vai contribuir muito não só hoje mas para os próximos anos e vai fortalecer a economia do Acre. Nós estamos trabalhando com uma economia de baixo carbono e de alta inclusão social. Em outras palavras, é o que a Costa Rica está fazendo, sendo que o Acre tem um território que é três vezes o deste país. Ou seja, a gente pode fazer muito mais se encurtar caminhos e encurtar caminhos é aprender o que a Costa Rica começou a fazer há vinte anos.
Binho Marques, governador {/xtypo_quote}
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