Cores e alegria marcam o terceiro dia de competições no Arraial Cultural

Grupos da capital e do interior se apresentaram nos três dias de competição (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

O amor dos chamados “quadrilheiros” é inexplicável. Gente que não sabe viver sem a energia da disputa, dos folguedos e das festas juninas. Assim têm sido as últimas três noites da 19ª edição do Arraial Cultural, com a realização do Concurso de Quadrilhas.

Bate palma, pula, corre, gira, volta… Um verdadeiro show de cores, sentimentos e muito talento. A plateia vibrou a cada passo diferente durante as apresentações de sexta-feira, 7.

Os jovens são maioria nos grupos. É a ocupação de muitos deles por meses, são dias e noites incansáveis de ensaio. Tudo isso para mostrar ao público o brilho e o encanto dos tradicionais arraiais e quadrilhas.

As apresentações

Paula Souza, da Quadrilha Pinta Cuia, que veio de Xapuri, conta que o grupo reúne cerca de 40 integrantes, entre brincantes e equipe de apoio. “Nós trouxemos pra Gameleira a história da evolução das quadrilhas. De como as competições tradicionais ficaram estilizadas”, disse a coordenadora de casamento do grupo.

Desvendar o segredo do milharal era a missão dos integrantes da Quadrilha Assanhados na Roça. Andressa Pink, a noiva, disse que “o mistério vai ser desvendado para todos no Arraial Cultural, pois foram quase dez meses de preparação”.

A Malucos na Roça foi a terceira a se apresentar. Trazendo o tema “Grades, de maluco e louco todo mundo tem um pouco” a equipes buscou fazer uma reflexão sobre as mais diferentes condições psicológicas. “Vamos mostrar a loucura de uma forma engraçada, disse Anderson Schneider, o noivo.

Já a equipe Matutos na Roça vem de uma sequência de vitórias em alguns concursos. A coordenadora da quadrilha hexacampeã do 11º Circuito Junino de Rio Branco quer repetir o resultado na disputa estadual. “A gente já levou o municipal, agora é vencer a disputa com as quadrilhas do interior”, disse Flor Paparazzo.

Um espetáculo de cores e talentos marcaram a noite de sexta-feira, 7, no Calçadão da Gameleira (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Última a entrar na arena de apresentações a Escova Elétrica falou sobre a Revolução Acreana. “Trouxemos seringueiros, soldados e todos os outros heróis da Revolução. Hoje vamos contar a história da nossa terra”, disse Mariana de Paula, rainha da quadrilha.

Quadrilhas da capital e interior

Ao todo, 15 quadrilhas se apresentaram no Calçadão da Gameleira nesses três dias de concurso. Foram nove quadrilhas da capital e outras seis do interior. Cada uma das agremiações recebeu três mil reais como incentivo.

Para as cinco primeiras colocadas a recompensa financeira é um pouco maior. A quadrilha que se consagrar a grande campeã do Arraial Cultural recebe seis mil reais.

Festa no fim de semana

E a festa não para, pois neste sábado, 8, a partir das 16 horas, tem a apuração do Concurso de Quadrilhas. Elementos como figurino, casamento, coreografia, originalidade, harmonia e conjunto serão analisados por quatro jurados.

Este ano o tema é “Tem pescaria, forró e baião, tem quadrilha a noite inteira, tem festança de São João”. O Arraial cultural é uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), e conta com o apoio da Prefeitura de Rio Branco e Liga de Quadrilhas Juninas do Acre.

As quadrilhas campeãs do concurso se apresentam no domingo, 9, a partir das 19 horas.

 

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