Jornalistas e técnicos viajam pelo Acre para observar e divulgar experiências de sustentabilidade praticadas no Estado
O Governo do Acre e a Embaixada da República Federal da Alemanha iniciaram nesta segunda-feira, 1º de junho, a Feira de Resultados da Cooperação Alemanha-Brasil de Proteção das Florestas Tropicais. Seis jornalistas brasileiros avaliam e divulgam ao Brasil e ao mundo projetos desenvolvidos ao longo de mais de uma década entre instituições acreanas e germânicas. O grupo recebeu as boas-vindas do governador Binho Marques.
"Conseguimos resultados positivos nestes anos e a parceria vai continuar", disse o chefe da comitiva, Michael Grewe, conselheiro e chefe do Departamento da Cooperação Técnica e Financeira da Embaixada Alemã no Brasil durante abertura da Feira de Resultados na Biblioteca da Floresta Marina Silva. O evento conta com apoio do Governo Federal através do Ministério do Meio Ambiente. "São dois pontos importantes: o levantamento de informações e sua divulgação e o estreitamento de laços para apoiar as novas fases do projeto", observou Eufran Amaral, secretário de Meio Ambiente do Acre.
Ainda nesta segunda-feira os jornalistas irão conhecer a Reserva Extrativista Cazumbá Iracema, em Sena Madureira, de onde retornam nesta terça-feira a Rio Branco. Na capital, avaliarão o trabalho desenvolvido no Polo Moveleiro. Na quarta-feira, 3, a comitiva visita a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) em Brasiléia. Dali, partem para conhecer área de manejo florestal no Seringal Cachoeira, em Xapuri.
A Cooperação Técnica Alemã iniciou o trabalho de parceria no Acre em 1997 através do Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais (PPG7) do Governo Brasileiro. Os resultados dessa parceria podem ser verificados na formulação e implementação de políticas públicas inovadoras destinadas a manter a floresta em pé e a valorizar o seu uso sustentável. A Cooperação Alemã tem apoiado o Governo do Acre no processo gradativo de construção e crescimento conjunto para o desenvolvimento sustentável e a proteção das florestas tropicais brasileira.
Para isso, estratégias e ferramentas vem sendo testadas de utilizadas. Entre estas, podem ser destacadas experiências em zoneamento e ordenamento territorial; agroflorestas, cadeia de valor e povos indígenas; integração fronteiriça Acre-Ucayali; gestão florestal e cadeia de valor; desenvolvimento de parcerias público-privadas para produtos extrativistas; política de valorização do ativo ambiental florestal – propriedades sustentáveis; redes Ater; unidades de conservação; pagamento por serviços ambientais.
Na viagem dos jornalistas ao Acre serão visitados os seguintes projetos:
Resex Cazumbá-Iracema
Criada em setembro de 2002, a resex ocupa uma área de 750.794,50 hectares e está distante 150 quilômetros de Rio Branco. Mais de 300 famílias vivem naquela reserva, as quais recebem recursos da Cooperação Alemã por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
Biblioteca da Floresta
A Biblioteca da Floresta Ministra Marina Silva é especializada em assuntos e autores da Amazônia e do Acre. Tem o propósito de contribuir para o desenvolvimento sustentável, colocando à disposição dos pesquisadores e da sociedade em geral as informações e as experiências do governo e dos movimentos socioambientais.
Cooperacre
A Cooperativa Central de Comercialização Extrativistas do Acre (Cooperacre) é uma cooperativa de produtores agroextrativistas que trabalha principalmente com a comercialização de castanha, borracha, copaíba e outros produtos. Atua em onze municípios e sua rede é formada por cinco cooperativas e trinta associações, beneficiando mais de duas mil famílias.
Polo Moveleiro
Implantado no Distrito Industrial de Rio Branco, o polo oferece serviços às empresas do setor, além de desenvolver design de móveis que realçam as características da madeira manejada no Estado.
Seringal Cachoeira
Localiza-se em Xapuri e é reconhecido como um dos locais onde atuou o lide seringueiro Chico Mendes. Trata-se de uma das primeiras áreas de manejo florestal comunitário a receber o Selo Verde FSC. São 900 hectares usados na produção de madeira, além de extração de borracha e castanha.