Resultado de exame laboratorial é do Instituto Adolfo Lutz
A Secretaria de Estado de Saúde confirmou hoje a primeira morte decorrente de complicações causadas pelo vírus H1N1. O resultado foi enviado pelo Instituto Adolfo Lutz na noite de ontem ao Laboratório Central (Lacen) e divulgado na tarde desta terça-feira pelo secretário de Saúde, Osvaldo Leal.
Clóvis Pinheiro Rosas, 29, contraiu o vírus em Manaus (AM) e vinha de um período de 15 dias de incubação da doença. Ele morreu na madrugada do dia 17 deste mês, no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, após crise de insuficiência respiratória. Até agora foram notificados 52 casos – 12 deles confirmados, três de influenza sazonal, 10 aguardando resultado de exames e 27 descartados.
O exame do filho de Clóvis Rosas, de 4 meses, deu negativo. Nenhum caso foi confirmado entre os outros familiares. O secretário Osvaldo Leal diz que o Estado deverá confirmar a circulação do vírus para os próximos dias. "Foi uma vitória conseguirmos segurar a circulação do vírus durante quatro meses, tempo para preparar a rede de atenção básica, os profissionais. Agora é ficar atentos e redobrar os cuidados relacionados a qualquer gripe que se complica com febre alta, dor de cabeça, tosse e dificuldades respiratórias", disse. Nesse caso é necessário procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima de casa. Segundo Leal, em 99% dos casos a Influenza A evolui com melhor resolução do que nos casos da gripe sazonal, e por esse motivo o Governo do Estado não faz distinção quanto aos casos suspeitos de H1N1 ou de outra virose.
Lacen é unidade de referência
O Laboratório Central do Estado (Lacen) é unidade de referência na coleta do material usado na análise para confirmação de presença do vírus. A secreção das vias aéreas é colhida por equipe de profissionais da Vigilância Epidemiológica e Lacen dentro das unidades de referência do Estado. Em seguida, é enviado para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, em voo da TAM. O Adolfo Lutz é o instituto de referência para a realização do exame confirmatório para H1N1 em todo o país e recebe material de todos os Estados.
A confirmação sai no prazo médio de uma semana. O secretário de Saúde enfatiza que o resultado do exame em nada influencia na tomada da decisão terapêutica e na conduta de tratamento, servindo principalmente para o controle de evolução da doença. Há cerca de um mês, o Ministério da Saúde enviou lotes do medicamento Tamiflu suficientes para 500 tratamentos.
Saiba mais sobre a doença no site do Ministério da Saúde.