Uma das mesas temáticas de discussão durante a 1ª Conferência Nacional de Livre de Comunicação em Saúde realizada em Brasília nesta quarta-feira, 19, foi os “Desafios da comunicação em saúde”.
Tendo como mediadora a conselheira do Conselho Nacional de Saúde, Francisca Rêgo, e como convidados Márcia Corrêa e Castro da Fiocruz e do Canal Saúde, Alexande Padilha, ex-ministro da Saúde entre os anos de 2011 e 2014, e Carmem Lúcia Luiz, representante da União Brasileira de Mulheres, a discussão teve como tema central os mecanismos necessários para conseguir democratizar o acesso à informação sobre saúde para a população.
O entendimento é de que apesar do Sistema Único de Saúde (SUS) ser reconhecido em todo o mundo como uma experiência exitosa, ele carece do conhecimento e da participação popular para corrigir as falhas e aprimorar sua eficiência.
O desafio é disseminar informações com o objetivo que a população conheça os serviços oferecidos pelo SUS que vão além do atendimento, como consultas e exames, nas unidades de saúde.
Um dos mecanismos para essa difusão de conteúdos relacionados ao tema é o Canal Saúde, que existe desde 1994, é do SUS, e é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz. “As pessoas precisam entender que saúde é muito mais do que apenas a ausência de doença. É preciso criar um elo de comunicação com a sociedade. SUS e comunicação precisam caminhar juntos para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, disse Márcia Corrêa e Castro, superintende do canal.
Alexandre Padilha, ex-ministro, elogiou a iniciativa de promover a conferência e falou sobre a experiência e os desafios da comunicação em saúde percebidas durante sua gestão no ministério. “É impossível promover saúde sem uma informação de qualidade. Não existe SUS sem o engajamento da sociedade, sem esse diálogo que é extremamente necessário”, explicou.
A mesa temática também oportunizou a participação dos representantes dos estados que expuseram suas dificuldades na promoção da comunicação em saúde.