A primeira mesa da II Conferência Mundial da Ayahuasca desta quinta, 20, foi sobre cultura e patrimônio cultural.
A médica peruana Rosa Giove, que dirige um centro de reabilitação de toxicomania e de investigação de medicina tradicional em Taraputo, Peru, vê a substância como uma medicina de reconciliação consigo mesmo e com o meio ambiente. Ela diz que “o ritual é o que protege o uso seguro da ayahuasca”.
O representante do Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), Deyvesson Gusmão, abordou o registro do uso dos rituais da ayahuasca, atualmente em processo junto ao Ministério da Cultura.
E aponta o que vê como fator responsável pela morosidade no processo de registro junto ao órgão: “Há uma complexa equação entre os interesses dos diversos detentores dessa cultura”.
Já o antropólogo Edward MacRae abordou questões de dissonâncias entre as comunidades tradicionais, originárias (indígenas) e neoayahuasqueiras.
Participou da mesa também o antropólogo Jean Langdon, falando do yagé (ayahuasca) como patrimônio no contexto multicultural na região do Putumayo, Colômbia.