Comunidades são beneficiadas com o Projeto Iquiri Vivo

Ações de conservação e recuperação de APPs no Acre são realizadas a partir do envolvimento com a sociedade civil

O Secretário de Meio Ambiente Edegard de Deus e alunos da escola Marieta Freire de Amorim, de Capixaba, realizando plantio na APP

O Secretário de Meio Ambiente Edegard de Deus e alunos da escola Marieta Freire de Amorim, de Capixaba, realizando plantio na APP

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e Secretaria de Estado de Floresta (SEF), em parceria com a Universidade Federal do Acre e Prefeitura de Capixaba, estão empenhadas em atividades de reflorestamento em cinco áreas de preservação da bacia do rio Iquiri.  As ações estão sendo realizadas no município de capixaba entre os dias 04 a 12 de novembro, sendo integrantes do Projeto Iquiri Vivo, que visa a conservação e recuperação das nascentes e matas ciliares desta bacia hidrográfica.
 
Conscientização e reflorestamento

As atividades se iniciaram pelo reflorestamento de uma nascente localizada no centro da cidade de Capixaba no dia 4 de novembro, na comunidade da Escola Argentina. Dando sequência às atividades, no sábado foi a vez da Escola Marieta Freire de Amorim, localizada na Vila Hortifrutigranjeira da mesma cidade. Há anos o igarapé do Polo Hortifritugranjeiro, como é chamado pela comunidade, vem sofrendo, além da supressão das matas ciliares, grave poluição, devido ao lançamento de lixo doméstico.  

Para reverter a situação, Sema e Imac desenvolveram um projeto de conservação ambiental envolvendo a comunidade escolar. Foram plantadas mudas, cedidas pelo Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac) e Viveiro da Floresta, além da instalação dos cestos de lixo para coleta seletiva, doados pela empresa Álcool Verde. O objetivo é sensibilizar a população e mostrar a necessidade de preservação dos recursos hídricos.

 

As ações do governo também dependem do envolvimento e apoio das comunidades

As ações do governo também dependem do envolvimento e apoio das comunidades

De acordo com Paulo Guedes, diretor da escola, o trabalho realizado pelos alunos e pela comunidade foi desempenhado com muito esforço e dedicação. “Entre os resultados desse projeto, percebemos a conscientização plantada nos nossos estudantes, que agora têm o papel de cuidar tanto do reflorestamento quanto da coleta seletiva implantada na escola”, explica o diretor.

Marli Ferreira, coordenadora do Departamento de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental da Sema, avalia que “uma vez que este igarapé seja recuperado e estando ele tão próximo da escola, as crianças e professores desta comunidade têm na verdade um laboratório vivo à sua disposição para diversas atividades pedagógicas”.

Em sua recuperação e reflorestamento, as APPs podem ser usadas como ferramentas de educação ambiental nas comunidades

Em sua recuperação e reflorestamento, as APPs podem ser usadas como ferramentas de educação ambiental nas comunidades

Para o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Edgard de Deus, a recuperação das nascentes não depende exclusivamente da ação de técnicos responsáveis pelo projeto. “Se não ocorrer a parceria da sociedade com programas como este, o nosso trabalho se torna mais difícil. Todo projeto vem acompanhado de conscientização com educação ambiental. Sem a participação efetiva da população na conservação dos recursos hídricos, no futuro poderemos sofrer com a escassez. E vale sempre lembrar que, sem água, não há vida”.

O prefeito do município de Capixaba, Joais Santos (à esquerda), destacou a importância da realização de projetos que fortalecem a interação entre meio ambiente e educação. “Sempre ouvimos que as grandes transformações começam com a educação e com as crianças. Hoje, este projeto, fruto de grandes parcerias, continua firme e forte”, declarou.

O prefeito do município de Capixaba, Joais Santos (à esquerda), destacou a importância da realização de projetos que fortalecem a interação entre meio ambiente e educação. “Sempre ouvimos que as grandes transformações começam com a educação e com as crianças. Hoje, este projeto, fruto de grandes parcerias, continua firme e forte”, declarou.

Na semana de 5 a 12 de novembro acontecerão os trabalhos de preparo das áreas e reflorestamento das outras três áreas de preservação (duas nascentes e curso) de contribuintes do rio Iquiri. O projeto será desenvolvido através da mobilização e participação de produtores rurais, pecuaristas, pescadores e demais usuários de águas da bacia hidrográfica.

Importância das APPS

As Áreas de Preservação Permanente (APP) são formações vegetais extremamente importantes em termos ecológicos, sendo essenciais para a manutenção da qualidade da água dos rios e da fauna ictiológica. São também essenciais para sobrevivência da fauna de mamíferos , representando para elas refúgio, água e alimento. De modo geral, as nascentes de cabeceiras da bacia do rio Iquiria presentam as Áreas de Preservação Permanente (APP) em desacordo com o Código Florestal Brasileiro, que em seu Artigo 2ª, recomenda um raio mínimo de 50m de largura de vegetação, sendo que a vegetação nas nascentes de cabeceiras restringe-se, quando existentes, a uma faixa estreita de vegetação, comprometendo a função ecológica das APPs. As nascentes também estão comprometidas pelo pisoteio de gado e pela contaminação de suas águas pelos coliformes fecais.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter