A área de recreação da escola Padre Paolino Baldassari serviu de palco para acolher o público que prestigiou a abertura da Caravana de Cultura e Humanização na cidade de Santa Rosa. Professores, educadores, estudantes e representantes dos povos indígenas prestigiaram o evento.
O ato contou com a participação de Elineide Medeiros, coordenadora da caravana, de Francileudo D’Ávila, secretário municipal de Cultura e Desporto, e do professor Augusto Galvão, coordenador do Núcleo Estadual de Educação no município.
“Só temos a agradecer a presença da caravana no nosso município. Já podemos perceber certa mudança positiva desde que vocês chegaram aqui. As oficinas irão contribuir muito em vários aspectos para nossa comunidade”, disse Francileudo D’Ávila.
Conhecedor da política cultural no Estado, o “Professor Galvão”, como costuma ser chamado, ressalta o importância da caravana. “Além da política de fomento com os editais, o governo do Estado, por meio da FEM, nos brinda com a caravana. Esse projeto é uma forma de nos conhecermos e fortalecermos nossa cultura”, disse.
“Esse é um momento de conversas, troca de ideias como seres humanos que somos. O importante é a construção sobre temas relacionados à cultura do lugar com suas particularidades e especificidades”, comenta Elineide Medeiros.
Oficinas de humanização e de artes
O projeto traz um formato com dois dias de oficinas. Cine Mais Cultura, Humanização da Gestão, Qualidade de Vida, Educação Patrimonial e Teatro fazem parte da grade. Todas elas esgotaram as inscrições.
Humanização da Gestão Pública e Teatro são as oficinas que iniciam a caravana. A primeira é coordenada por Elineide Medeiros. Todo o aprendizado é feito com dinâmicas e exibição de vídeos. O debate entre os participantes gera relatórios e dados que nortearão a política de humanização no Estado.
Como você gostaria de ser tratado? Essa pergunta dirigiu um dos conteúdos. “Nós vamos deixar uma boa história de vida se a gente bem tratar as pessoas na nossa vida, no trabalho. Mas é preciso ter conhecimento das coisas e se não temos, podemos perguntar ao outro que sabe, pra que a gente se ajude sempre”, ressalta o professor indígena Peres João Bernardo Kaxinawa, um dos mais atuantes nos debates.
Teatro em Santa Rosa – Dirigida pelo ator Ivan de Castela, a oficina de teatro contou com grande número de participantes entre jovens e crianças. A maioria fazia sua estreia na arte de interpretar. Trabalho de corpo, voz, espaço cênico e criação textual fazem parte do aprendizado.
Janaína Veríssimo, 14 anos, uma das jovens estreantes já demonstra certa desenvoltura com a arte. Ela foi autora do texto teatral que trata das drogas.
“Gosto de teatro, e sempre sonhei com algo assim, mas não imaginei que viria tão rápido. Estou tão feliz, assim como meus amigos que estão aqui”, disse.
Outro grupo mergulhou nos contos de fadas e fez uma adaptação de Branca de Neve e o Sete Anões. Os dois trabalhos serão encenados na Feira de Economia Criativa, que acontece nesta sexta-feira, 9, no ginásio Ronald Moura.