O governo do Estado, a empresa Hevea e a Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta) se uniram e transformaram a Fábrica de Pisos de Xapuri em um Complexo Industrial Florestal, com capacidade de fabricar diversos produtos derivados de madeira.
O projeto foi lançado na quarta-feira, 25, na Expoacre. Com um capital de giro avaliado em quase R$ 2 milhões e mais de R$ 1 milhão investido na compra de novos equipamentos, o Complexo Industrial Florestal de Xapuri tem capacidade de processar aproximadamente 100 mil metros cúbicos de madeira por ano, gerando mais de 150 empregos diretos e cerca de 500 indiretos.
No local podem ser fabricadas portas, janelas e batentes, além do que já vinha sendo feito anteriormente, que eram os pisos e o beneficiamento de madeira. A matéria-prima utilizada pelo complexo é totalmente manejada, proveniente da Reserva Extrativista Chico Mendes, onde há uma semana o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) expediu uma licença para extração florestal em plano de manejo, em 1.200 hectares de floresta, e também de outros manejos que já estão autorizados no Estado.
Com os investimentos, a nova administração do complexo almeja alcançar mercados internacionais. “Nós estamos trabalhando com madeira totalmente manejada, estamos aqui do lado da Transoceânica, ou seja, temos todas as chances de em breve exportarmos produtos para os mercados internacionais”, explicou Antonio Roldão, diretor da empresa Hevea, que administra o Complexo Industrial Florestal de Xapuri.
O governo do Estado entra no empreendimento por meio da Anac (Agência de Negócios do Acre), que possui 25% das ações. A Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria do Comercio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) também tem participação através da viabilização dos Planos de Manejo Comunitário, que estão sendo realizados em Projetos de Assentamento Florestal e em Florestas Públicas.
Atualmente, cerca de 200 famílias em todo o Estado possuem planos de manejo entro de suas áreas. “Até o fim do ano pretendemos ampliar para mais de 500 famílias. Isso, além de gerar emprego e renda para quem mora na floresta, garante o abastecimento para diversas empresas do Estado que necessitam da madeira como matéria-prima para trabalhar”, garantiu o secretario da Sedens, Edvaldo Magalhães.