A 3ª Conferência Estadual de Cultura começou na manhã desta quarta-feira, 11, no auditório Garibaldi Brasil da Universidade Federal do Acre (Ufac), com o tema “Uma Política de Estado Para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”. O encontro segue até sexta-feira, 13, a partir das 8 horas, ocasião em que o Plano Estadual de Cultura (PEC) – diretrizes que apontam as políticas públicas para os próximos 10 anos -, deve ser validado e, posteriormente, enviado para aprovação, como Lei Estadual, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Na abertura, o evento recebeu representantes do setor cultural das cinco regionais do Estado. “Esta plateia representa a diversidade da cultura acreana”, disse Francis Mary Alves de Lima, diretora-presidente da Fundação Elias Mansour (FEM). “Não se faz nada sozinho na gestão pública, mas, sim, de forma democrática e participativa. E assim aconteceu com o PEC, onde o governo, em parceria com o Conselho Estadual de Cultura (Concultura), percorreu o Acre para construir este processo junto aos fazedores de cultura de cada município”, lembrou.
Natural de Feijó, o indígena Raimundo Huni Kuin é um dos delegados com direito a voz e voto nas pautas da Conferência de Cultura. Ele enxerga a iniciativa como um instrumento importante que pode ser utilizado para trabalhar a valorização do seu povo. “Muitos indígenas esquecem dos nossos costumes tradicionais, queremos nos unir nesta ação porque também representamos a cultura acreana e precisamos de respeito e incentivo. Não queremos que as coisas fiquem apenas no papel”, conta.
Este diálogo do governo com a área cultural é referenciado até mesmo pelo MinC, no Distrito Federal, onde o Estado assume posição de vanguarda. “O MinC aprende muito com o Acre, que também é um dos estados brasileiros mais avançados na implantação do Sistema Nacional de Cultura (SNC)”, ressaltou Zumar de Nazaré, consultor do MinC na região Norte. “É a minha primeira vez no Acre, mas já pude comprovar aquilo que eu já desconfiava, que a cultura daqui é bela e aguerrida”.
O diretor de Políticas Culturais da FEM, Assis Pereira, reforça que o montante de recursos destinados à aprovação de projetos e ações culturais mais do que dobrou: passou de R$ 1 milhão para R$ 2,5 milhões. “Com todos os questionamentos e divergência de ideias, espero que a gente possa levar a cultura para o melhor lugar possível, que é onde ela merece estar. A missão da Frente Popular é atender as demandas da sociedade civil, atuando no diagnóstico das necessidades do povo e criando políticas públicas que nos alcancem”, salintou.
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Programação
Quinta-feira, 12/09
8h – Formação de grupos para discussão dos eixos temáticos:
Eixo temático 1 – Implementação dos Sistemas de Cultura
Mediador: Assis Pereira – diretor de Políticas Culturais da FEM
Eixo temática 2 – Produção Simbólica e Diversidade Cultural
Mediadora: Carol Di Deus – coordenadora da Usina de Arte
Eixo temático 3 – Cidadania e Direitos Culturais
Mediador: José Luiz Gondim – gestor de Políticas Públicas da FEM
Eixo temático 4 – Cultura e Desenvolvimento
Mediadora: Elineide Meireles – diretora de Humzanização da Gestão Pública
12h – Almoço
13h – Continuidade da discussão dos eixos temáticos
15h – Apresentação dos trabalhos dos grupos
Mediador geral: Evandro Luzia Teixeira – Departamento Estratégico da Casa Civil – PMRB
19h – encerramento
Sexta-feira, 13/09
8h – Apresentação de moções e informes
Mediador geral: Evandro Luzia Teixeira – Departamento Estratégico da Casa Civil – PMRB
9h – Eleição de delegados(as) para a 3ª Conferência Nacional de Cultura (CNC)
Mediador geral: Evandro Luzia Teixeira – Departamento Estratégico da Casa Civil – PMRB
12h – Encerramento
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