Começa o segundo ciclo do Protejo em Cruzeiro do Sul

Projeto oferece quatro cursos: cabeleireiro, panificação, doces e salgados e  marcenaria

protejo_onofre_brito_00398.jpg
protejo_onofre_brito_00413.jpg

Entre os cursos oferecidos, o de panificação é um que garante a profissionalização dos jovens (Foto: Onofre Brito/Secom)

Começou esta semana o segundo ciclo do projeto ‘Proteção de Jovens em Territórios Vulneráveis’ (Protejo), em Cruzeiro do Sul. Iniciado em abril do ano passado, o Protejo objetiva promover a proteção, inclusão e formação cidadã de jovens expostos à violência familiar ou urbana. O projeto acontece através de parceria entre o Ministério da Justiça e o Governo do Estado sendo executado pelo Instituto Dom Moacir, através Centro de Formação e Tecnologia da Floresta (Ceflora), que ministra os cursos oferecidos. Neste ciclo, 160 alunos, divididos em seis turmas, farão quatro cursos: corte de cabelo, escova e colorimetria; panificação; doces e salgados e curso de marcenaria.

O coordenador do Ceflora, Raimundo Evilásio Lima, conta que o Protejo está atendendo jovens das ZAPs 6 e 7 (zonas de atendimento prioritário) abrangendo os bairros Várzea, Miritizal, Cobal, Remanso, Lagoa, São José e Cruzeirão. Começou com 200 educandos mas houve desistências por diversas causas: ingresso na universidade, obtenção de emprego, estudos, mudanças, etc.O atual ciclo vai até 6 de agosto e o encerramento será com um festival no Teatro dos Nauas.

Evilásio informa que existe a informação da provável realização do Protejo 2. Caso realmente aconteça deverá ser aplicado para um público de outros bairros.

Cursos profissionalizantes

protejo_onofre_brito_00441.jpg

Projeto acontece através de parceria entre o Ministério da Justiça e o Governo do Estado sendo executado pelo Instituto Dom Moacir (Foto: Onofre Brito/Secom)

Os alunos do Protejo em sua maioria contam com o aprendizado nos cursos profissionalizantes para conseguir uma profissão que lhes traga renda. O curso de corte, escova e colorimetria está sendo administrado pelo cabeleireiro Jerry Lee, de Cruzeiro do Sul. Ele tem 12 anos na profissão e já ministrou vários cursos pelo Senac, prefeitura municipal e, pelo Ceflora, já é o segundo curso. Seu curso atende 17 alunos pela manhã e 23 pela tarde. "É um prazer imenso passar o que aprendei durante estes doze anos para esta juventude. Eles sairão daqui profissionais e poderão montar o seu próximo negócio" disse.

 Para Jerry Lee, Cruzeiro do Sul tem mercado para todos. Ele planeja criar um sistema ‘disk-corte’ e já oferecer trabalho para alguns dos estudantes. O curso dura dois meses e 20 dias, é um curso profissional onde os alunos aprendem a cortar, escovar hidratação, tintura, alisamento etc. O cabeleireiro diz que se fossem pagar pelo curso completo cada um teria que desembolsar algo em torno de R$ 1.000,00.

A educanda Iolanda Bezerra Lustosa precisa levar sempre o bebê para as aulas porque ele mama e não pode ficar longe da jovem mãe. "Não dá para deixar o bebê em casa mas estou gostando e aproveitando bastante. Quero trabalhar, quero uma profissão e estou tendo esta grande oportunidade. Quem sabe posso trabalhar até no ‘disk-corte’" disse.

Mafson do Nascimento Souza é outro que faz o curso de cabeleireiro. Ele ingressou na universidade, mas pretende trabalhar nas horas de folga para ajudar a se manter. Camila Ferreira faz o curso de doces e salgados. Está achando muito interessante e admite trabalhar no ramo depois de formada.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter