Começa hoje em Rio Branco 4ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos

Evento é realizado em 16 cidades brasileiras e traz filmes de toda a América do Sul. Sessão de estreia terá um coquetel no Memorial dos Autonomistas e em seguida, a exibição do filme na Filmoteca Pública

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Filme "O Signo da Cidade" será o primeiro a ser exibido, a partir das 19 horas (Foto: divulgação)

Trazer os direitos humanos para as telas de cinema. Esta é a estratégia para abordar o tema de forma atrativa e fugir dos conceitos pré-formados que permeiam o senso comum. Rio Branco, pela primeira vez, integra a 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. A série de exibições começa nesta segunda-feira, 19, com o filme "O Signo da Cidade", de Carlos Alberto Riccelli, e em seguida, "Os Sapatos de Aristeu", de Renê Guerra. Antes da sessão, os organizadores promovem um coquetel de lançamento no Memorial dos Autonomistas, a partir das 19 horas, para apresentar o evento, e logo em seguida acontece a exibição com entrada gratuita na Filmoteca Acreana, localizada na Biblioteca Pública.

Wellinton Pantaleão, assessor federativo da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, explica que o tema direitos humanos é muito mal tratado pela mídia. "As pessoas acabam achando que direitos humanos é apenas para quem está em conflito com a lei, para bandidos, e esquecem que os direitos dos idosos, das crianças e muitos outros também fazem parte do tema. A ideia é trazer tudo isso para as salas de cinema para que as pessoas percebam que a proteção ao idoso, por exemplo, também é uma forma de direitos humanos", disse.

Para o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Henrique Corinto, a mostra de cinema é uma ferramenta para divulgar o tema e envolver as pessoas nessa causa.

Segundo a produtora da mostra, Rose Farias, outra novidade serão as sessões com audiodescrição para o público com deficiência visual. "É algo novo, que nunca aconteceu aqui. Além da narração das falas, há também as sensações sendo descritas, como chuva, tarde de sol, manhã nublada."

O evento, que acontece entre os dias 19 e 25 em Rio Branco, sempre nos horários da tarde e da noite, é dedicado a obras que abordam questões referentes aos direitos humanos, produzidas recentemente nos países sul-americanos. No total, estão representados dez países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Além de Rio Branco, outras 15 cidades recebem a mostra: São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Teresina, Fortaleza, Goiânia, Belém, Maceió, Brasília, Recife, Curitiba, Manaus e Salvador. Em todas as capitais acontecem sessões com audiodescrição e closed caption.

A 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma realização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira, patrocínio da Petrobras e apoio do Ministério das Relações Exteriores, da TV Brasil e da Sociedade Amigos da Cinemateca. As obras mais votadas pelo público são contempladas com o Prêmio Aquisição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. A programação tem a curadoria do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. 

Confira aqui a programação completa com exibições dos filmes

O Signo da Cidade na sessão de abertura

A sessão de abertura, prevista para às 20 horas, terá a exibição do longa-metragem "O Signo da Cidade", dirigido por Carlos Alberto Riccelli e que aborda questões dos direitos das mulheres, da população negra e afrodescendente e da cidadania LGBT. O mesmo filme será exibido com audiodescrição para portadores de deficiência visual na sexta-feira, 23, às 14 horas. Além desse, o longa-metragem peruano "Não Conte a Ninguém", de Francisco J. Lombardi, também terá sessão especial.

Na seção Contemporâneos estão programados trabalhos recentes, como "Entre A Luz e a Sombra", de Luciana Burlamaqui, longa inédito no circuito comercial que acompanha ao longo de sete anos uma atriz tornada voluntária social e seus encontros com uma dupla de rappers de sucesso formada por detentos do Complexo do Carandiru, em São Paulo. Outro filme inédito no Brasil é o "Unidade 25", produção argentina dirigida por Alejo Hoijman sobre uma impressionante prisão/igreja, local onde duas centenas de prisioneiros e 30 guardas compartilham sua devoção ao Evangelho.

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