Com tumor raro na mandíbula, paciente tem qualidade de vida restaurada após cirurgia bucomaxilofacial na Fundhacre

José Jerônimo dos Santos, de 46 anos, teve sua qualidade de vida restaurada na quarta-feira, 26, após passar por cirurgia bucomaxilofacial na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre). O procedimento para remoção completa do tumor raro – um ameloblastoma, e a reconstrução da área afetada ocorreu com sucesso e o paciente já recebeu alta médica para se recuperar em casa.

“O atendimento [na Fundação] foi ótimo”, destacou o paciente José Jerônimo. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
A intervenção, realizada por uma equipe multiprofissional, foi fundamental para a remoção do tumor e para a recuperação do paciente. Com o tumor localizado na mandíbula, José sentia grande desconforto, além de ter sua fala e mastigação comprometidas.

“Desde 2019 que eu estou correndo atrás. Graças a Deus, ao doutor Pedro e ao doutor Fabiano que me atenderam muito bem. As pessoas veem o lado negativo, veem que é uma enfermidade, perguntam o porquê daquilo, por que não cuidou mais rápido. Essas coisas todas que incomodam a gente também, né? Mas o atendimento [na Fundação] foi ótimo. Desde o início eles me atendem muito bem. Toda a equipe médica, graças a Deus, me atende muito bem”, reforçou o paciente.

Cirurgias como essa são feitas em grandes centros e estão acontecendo na Fundhacre, conforme frisou o cirurgião bucomaxilofacial Pedro Arantes. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Pedro Arantes, um dos dois cirurgiões bucomaxilofacial que conduziu o procedimento, reforça o quanto a Saúde do Acre está preparada para operar casos de alta complexidade como o de José. “Hoje, o nosso serviço está preparado para fazer cirurgias de alta complexidade, cirurgias essas que são feitas em grandes centros, porque a gente utiliza da tecnologia, a gente reconstrói a mandíbula do paciente e imprime numa impressora 3D e consegue, por meio disso, dobrar a placa, facilitando a cirurgia de reconstrução. Então, hoje, no nosso serviço, o paciente vai ter uma ressecção do tumor grande na mandíbula e vai conseguir, já de imediato, reconstruir e não perder estética, nem função, poder mastigar, entrar em função o mais breve possível. Então, isso realmente é um grande ganho e é um grande avanço que a gente tem hoje no serviço da Fundhacre”, salientou o profissional.

Fabiano Conrado é cirurgião bucomaxilofacial. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Fabiano Conrado, que também é uma das referências neste tipo de procedimento na região, destacou a importância de o Estado proporcionar este tipo de atendimento, sem que o paciente tenha que ser transferido para outras regiões. “O Acre tem proporcionado à sua população, que necessita desse tipo de tratamento, uma qualidade muito grande, por intermédio dos profissionais que vêm fazendo esse tipo de cirurgia e da metodologia utilizada para a realização desses procedimentos. Então, hoje em dia, a gente não faz mais nenhum trabalho de ressecção e reconstrução sem uma prototipagem. Vale salientar que essa cirurgia também utiliza outras especialidades, como a ortopedia. E a Fundhacre dá condições para que a gente possa realizar um procedimento desse com uma equipe multidisciplinar, trazendo um melhor resultado para o paciente, sem que ele tenha que fazer um tratamento fora de domicílio. E isso é o mais importante pra gente, a qualidade do tratamento que o paciente deve ter”, destacou.

A complexa cirurgia foi um sucesso e o paciente recebeu alta hospitalar para se recuperar em casa. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Maior complexo hospitalar do Acre, a Fundhacre presta assistência médica-hospitalar em todos os níveis de atenção à saúde, incluindo os serviços de bucomaxilo. Sobretudo, para ter acesso aos serviços cabe salientar que o cidadão precisa procurar inicialmente uma Unidade Básica de Saúde (UBS), conforme reforça o médico Fabiano Conrado: “Gostaria de fazer um chamamento à população acreana que necessita dos serviços da bucomaxilo, que incluem fraturas faciais, remoções de lesões, como é o caso do José hoje, problemas cirúrgicos de ATM [Disfunção da articulação temporomandibular], cirurgias ortoguináticas também. Então, que esses pacientes procurem a unidade de saúde básica para eles poderem ser regulados, encaminhados e aí, sim, serem atendidos aqui na Fundação”, reforça.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter