Com resgate de quase dois dias, Samu e Ciopaer salvam vida de gestante e bebê em aldeia indígena no município de Assis Brasil

Os “salvadores do asfalto e do ar” realizaram mais um resgate aéreo, nesta quarta-feira, 24. Em atuação conjunta, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Acre (Samu) e o Centro Integrado de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer) resgataram E.M.S.M, de 14 anos, na Aldeia Santa Rosa, localizada na Terra Indígena Riozinho, às margens do Rio Iaco, em Assis Brasil.

Resgate aéreo, na aldeia Santa Rosa, localizada na Terra Indígena Riozinho, às margens do Rio Iaco, em Assis Brasil. Foto: cedida

Segundo foi informado no pedido de auxílio, a indígena se encontrava em trabalho de parto há dois dias. O médico emergencista do Samu, Jonatha Santiago, descreveu a jornada de resgate como uma sucessão de reviravoltas, devido ao clima imprevisível. “O tempo estava aberto quando saímos de Rio Branco, sem previsão de chuva. No entanto, durante o deslocamento, as condições mudaram drasticamente”, disse.

Equipe do Samu e do Ciopaer foram bem recebidos na aldeia indígena. Foto: cedida

Após uma série de tentativas de aterrissagem interrompidas devido às condições climáticas adversas, a equipe do resgate foi forçada a pousar em uma fazenda próxima e ser abrigada por moradores locais. “Ficamos cerca de uma hora e meia aguardando a melhora das condições do tempo”, relatou o médico.

Apesar dos contratempos, equipe conseguiu estabilizar a paciente e prepará-la para o retorno a Rio Branco. Foto: cedida

Apesar dos contratempos, a equipe conseguiu estabilizar a paciente e prepará-la para o retorno a Rio Branco, quando novamente enfrentou desafios climáticos. “O tempo fechou novamente, e o comandante achou por bem pousar em outra fazenda”, explicou Santiago. A decisão resultou em um pernoite adicional, antes que finalmente fosse possível retornar à capital do estado.

Tanto a mãe quanto o bebê  estão em boas condições de saúde e foram transferidos para a Maternidade Bárbara Heliodora, onde a mãe teve um parto normal seguro.

Equipe médica do Samu, no resgate aéreo. Foto: cedida

O episódio destaca a importância da cooperação entre os serviços de emergência e ressalta os desafios enfrentados pelos profissionais da saúde em regiões remotas, onde o acesso rápido aos cuidados médicos pode ser uma questão de vida ou morte. O transporte aéreo desempenha um papel crucial nessas circunstâncias, permitindo a rápida mobilidade de pacientes em situações críticas.

A perseverança da equipe do resgate e a solidariedade demonstrada pela comunidade local durante o incidente são testemunhos do compromisso em salvar vidas, mesmo nas condições mais adversas.

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