Com equipamentos modernos, Corpo de Bombeiros presta atendimento essencial durante alagação em Tarauacá

O 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre, sediado em Tarauacá, recebe investimentos contínuos do governo do Estado para desempenhar sua missão em prol da comunidade, sobretudo em momentos de crise, conforme ocorreu esta semana, em que um grande volume de chuvas na região dos rios Tarauacá e Envira afetou cerca de cinco mil famílias no município.

Guarnição do sargento Rocha Cruz, composta pelos soldados Leandro Santos, Felipe Ricardo Lima, Gustavo Gomes e Juliano Gonçalves é uma das quatro atuantes durante a cheia em Tarauacá. Foto: Felipe Freire/Secom

O comandante do batalhão, capitão Marcos Correa, relata que o comando passou por ampla reforma, garantindo as condições de trabalho adequadas para a corporação, composta por homens com formação e treinamento de excelência em variadas situações de emergência e salvamento: “Recebemos do Estado o devido investimento para termos as melhores condições no desempenhar de nossas operações”.

Capitão Marcos Correa destaca o bom preparo do efetivo para lidar com as missões e os investimentos do Estado. Foto: Felipe Freire/Secom

Para atender as demandas de rotina e urgências na região, um efetivo de 35 bombeiros militares dispõem de 3 caminhonetes novas, 3 barcos, 4 motores de voadeira e 2 motores de rabeta horizontal. As missões variam entre retirada de famílias de casas atingidas, algumas com resistência dos moradores, resgate de animais, transporte de doentes para o hospital, monitoramento da medição do rio, transporte de alimentos e medicamentos e retirada de doentes.

“Eu e meu filho estamos vivos por causa deles”

Sargento Rocha Cruz visita mãe e recém-nascido Kaxinawá, cujo parto foi assistido pela equipe de bombeiros. Foto: Felipe Freire/Secom

O parto do bebê indígena Emanuel Mateus Kaxinawa, feito pelo sargento bombeiro Francisco Rocha Cruz, na madrugada de terça-feira, 18, em plena alagação do bairro da Praia, atingido pela cheia dos rios Tarauacá e Muru, é um exemplo de quão complexo e essencial é o trabalho das quatro guarnições de bombeiros militares que iniciaram as operações tão logo as águas começaram a atingir as moradias da região.

Sargento Francisco Rocha Cruz já realizou 9 partos em circunstâncias adversas: “Não tem palavras que descrevam a felicidade de ver que mãe e filho estão bem”. Foto: Felipe Freire /Secom

O grupo do sargento Rocha Cruz, militar que já fez pelo menos nove partos em circunstâncias ocasionadas por urgências, a maioria em áreas ribeirinhas, recebeu a mensagem de que a gestante Maria Isabel Saboia Kaxinawá precisava ser transportada para a maternidade e, em menos de 20 minutos, já se encontrava com a viatura equipada com barco na entrada da rua próxima da casa onde estava a parturiente, no bairro da Praia, para percorrer um trajeto a remo por cerca de cinco minutos.

“Já na porta da casa, percebi que a operação havia mudado e não era mais transportar e sim fazer o impossível pra ajudar o bebê nascer. Não tem palavras que descrevam a felicidade de ver que mãe e filho estão bem”, relata o sargento emocionado, ao retornar à moradia para uma visita de rotina, levando mantimentos e remédios.

Maria Isabel Kaxinawá: “Tive muita sorte de ter sido atendida por uma equipe de pessoas tão boas de coração e tão determinadas. Nasci de novo, eu e meu filho estamos vivos por causa deles”. Foto: Felipe Freire/Secom

Moradora da Aldeia Espelho da Vida, na Terra Indígena Humaitá, de onde iniciou uma viagem de barco por cinco dias até Tarauacá, onde reside a avó e alguns parentes, Maria Isabel Kaxinawá e família receberam com gratidão e alegria a nova visita dos bombeiros: “Tive muita sorte de ter sido atendida por uma equipe de pessoas tão boas de coração e tão determinadas. Nasci de novo, eu e meu filho estamos vivos por causa deles”.

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