Com um desfile de peças de roupas confeccionadas pelas alunas, o Centro de Formação e Tecnologias do Juruá (Ceflora), a escola profissionalizante do Instituto Dom Moacir, encerrou mais um curso de corte e costura, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Na Vila Santa Rosa, zona rural de Cruzeiro do Sul, 18 mulheres permaneceram firmes e concluíram o curso de 160 horas dividido em 40h de aulas teóricas e 120h de aulas práticas.
No total, o Ceflora está formando neste fim de ano 25 turmas em diversas modalidades, abrindo oportunidades no mercado de trabalho para centenas de jovens e adultos. Na semana passada foi iniciada mais uma etapa de trabalhos com oferta de 17 cursos em diversas áreas, com 340 vagas.
Em Santa Rosa, as 18 mulheres que concluíram o curso tem pretensões idênticas; depois de aprenderem o abc do ofício querem praticar fazendo roupas para os familiares e acabar entrando no mercado como costureiras profissionais.
Maria Cristina dos Santos Leite nunca tinha costurado: “Nunca tinha pegado numa máquina, a primeira vez foi nesse curso. Deu para aprender um pouco e agora penso em por em prática, porque senão a gente esquece tudo o que aprendeu. Penso em comprar uma máquina e fazer roupas para a família e mais para frente, vou costurar para fora também”.
A coordenadora administrativa do Ceflora, Cirlene Silva, acompanhou o desfile e considerou as peçam muito bem confeccionadas. “A gente percebe que as pessoas realmente aprenderam. As peças são bonitas, tem condições de competir no mercado e serão doadas para instituições de caridade que mantem parcerias com a gente”.
Terezinha Araújo da Silva também nunca tinha costurado e mostra, orgulhosa, o resultado do que aprendeu: “Esse vestido aqui eu fiz. Agora não preciso mais pagar para costurar fora”.
Exemplo de sucesso
A professora das aulas práticas do curso, Maria Diana Ferreira Coelho, mora no Polo Agroflorestal de Rodrigues Alves, bem próximo da Vila Santa Rosa. Ela é exemplo de pessoa que soube aproveitar a oportunidade. Fez um curso de corte e costura em Rio Branco e começou a costurar na região. Hoje faz uniformes para escolas e creches em Santa Rosa e ainda costura para particulares. Enviou seu currículo para o Ceflora e foi contratada como instrutora.
Sobre a turma que acaba de se formar, ela acredita no potencial de todas elas: “Algumas tiveram mais dificuldade, mas todas chegaram lá e tem tudo para progredir”, concluiu Maria Diana.
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