Em mais um curso profissionalizante direcionado a pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Projeto Oportunidades forma esta semana mais uma turma com quarenta alunos, deixando-os prontos para o mercado de trabalho.
Em 40 horas de curso, ministrado por professores do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), os alunos capacitados aprenderam técnicas de atendimento, postura e excelência no atendimento ao cliente.
Tendo Rafael Almeida, diretor-presidente do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), como um dos idealizadores do Oportunidades, essa turma representa um grande avanço social. Almeida, que também é assistente social, explica que o projeto busca transformar a vida de indivíduos que estão às margens da sociedade. “Nosso objetivo é recolocar essas pessoas no mercado de trabalho em um curto espaço de tempo, proporcionando-lhes uma vida com dignidade. A ideia principal é unir e capacitar.”
Almeida explica que o governo do Estado tem sido um grande parceiro do projeto, disponibilizando apoio material e pessoal e fazendo o papel de interligar outros órgãos de aprendizagem comercial ao Oportunidades.
Para Tião Ferreira, professor e coordenador do Oportunidades, essa foi uma forma encontrada por ele e por outros profissionais sensíveis à causa de contribuir com a formação profissional de jovens que estão em situação de vulnerabilidade social. “Nós proporcionamos a essas pessoas, através do Senac e Senai, educação profissional a custo zero.”
Localizado no bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito da capital, o projeto atende jovens de vários bairros de Rio Branco. De acordo com Rafael Almeida, por meio do Projeto Oportunidades já foram formados mais de mil jovens. “Primeiramente olhamos pelo lado da prevenção, tirando jovens da ociosidade e do mundo da criminalidade. Nós nos esforçamos para formar empreendedores, profissionais para atuarem no comércio, na construção civil e em outras áreas de que o mercado de trabalho necessita.
Um exemplo de esforço e dedicação vem da jovem Ana Fornek, 18 anos, moradora do bairro 15, na capital. Ana, que está desempregada, leva para a sala de aula a filha Ana Sofia, de apenas quatro meses de idade. “Este projeto [Oportunidades] é acolhedor. Muita gente precisa se qualificar, mas às vezes faltam recursos financeiros, e o Oportunidades não cobra nada de ninguém. Outra coisa boa é que pessoas de diferentes bairros podem participar. Tenho uma colega que vem do Calafate estudar aqui. Entre os vários cursos ofertados, eu escolhi o Curso de Excelência no Atendimento, pois tenho perfil para trabalhar com pessoas”, explicou a jovem.
