Cooperativa aderiu ao Programa Estadual de Promoção de Negócios, e agora inova com produtos derivados, como iogurte e doce de leite
O trabalho conjunto dos produtores de leite da região do Vale do Acre vem fazendo a diferença no setor. A Cooperativa dos Agricultores e Pecuaristas da Regional do Baixo Acre (Coopel) é uma das maiores cooperativas do Estado e está apostando na melhoria dos equipamentos do laticínio e na diversificação dos produtos para a consolidação no mercado.
Entre os fatores positivos, o diretor-presidente da Cooperativa, Ezequiel de Oliveira, destaca a importância do estudo de viabilidade do empreendimento realizado em parceria com o Governo do Estado. A Coopel aderiu ao Programa Estadual de Promoção de Negócios, que tem como foco o apoio às iniciativas econômicas, como cooperativas e indústria. Além disso, o capital de giro, recurso disponibilizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, também contribui para que as metas sejam alcançadas.
“Os novos equipamentos para a pasteurização do leite irão permitir que a empresa atinja a sua capacidade máxima de produção de 20 litros por dia. A produção desse ano já superou as expectativas dos produtores e com as parcerias vamos continuar ampliando os negócios”.
Parte da produção da Coopel será repassada às escolas públicas do Estado. A política adotada pelo Governo Federal exige que 30% da merenda escolar sejam provenientes da produção familiar. Em média, 13 litros de leite são descarregados no laticínio diariamente. Todo o material é inspecionado pela equipe do Instituto de Defesa Agroflorestal e Animal do Acre (Idaf). A matéria-prima é transformada em leite tipo C, doce de leite, queijo coalho, mussarela e manteiga. E agora, a empresa será a primeira do Estado a produzir iogurte lácteo em bandejas, o produto deve estar disponível nos supermercados nos próximos dias.
De acordo com o coordenador de Produção Familiar do Governo, Tony John de Oliveira, todas as mudanças em curso fazem parte do conjunto de alterações no sistema de armazenagem e transporte de leite nos laticínios brasileiros proposto pela normativa do Ministério da Agricultura. A nova legislação prevê as condições de armazenamento e transporte e da qualidade do produto final.
Com a instalação dos tanques de resfriamento a proposta é acabar com o tempo em que o produto fica exposto ao calor à espera dos caminhões e possam chegar aos laticínios com mais qualidade. Assim o leite será coletado no prazo de 48 horas, o produto será refrigerado e mantido a uma temperatura de 4° graus e transportados em caminhões isotérmicos de aço inox que agem como uma garrafa térmica, mantendo a temperatura.
Para isso, estão sendo instalados tanques de resfriamento próximos às propriedades. A Coopel adquiriu ainda um caminhão resfriado que fará o transporte do leite para atender às exigências do Ministério da Agricultura. Dentre os benefícios esperados com a normativa, estão a lucratividades dos produtores e a garantia de produtos mais baratos e de maior qualidade.
“Os produtores já estão colhendo os frutos do crescimento da cadeia produtiva do leite no Estado. A Coopel, ainda não tinha processado 13 litros de leite/dia nesse período de entresafra”, destacou o coordenador. Ele enfatizou ainda que as melhorias são também reflexos das políticas de governo como melhores ramais, energia elétrica, e a disponibilidade de crédito para aquisição de matrizes.
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