O governador Gladson Cameli, cumprindo o que havia sido acordado em março com o presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fabrício Galvão, entregou as obras do anel viário de Brasileia e Epitaciolândia, 99% concluídas, ao órgão federal, que vai finalizar o empreendimento.
O governador destacou que essa entrega reforça a união do governo federal, estadual e municipal para o avanço do desenvolvimento no Acre. “O nosso governo iniciou os trabalhos, tendo adiantado todo o processo. Como se trata de uma obra complexa, que demanda tempo e recursos, o governo federal, por meio do Dnit, também passou recentemente a participar, viabilizando os acessos aos viadutos”, informou.
Desde junho de 2021, a construção do futuro contorno rodoviário da BR-317 estava sendo executada, por meio de convênio, pelo Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre). Nesse período, o Estado ergueu a nova ponte sobre o Rio Acre, com 251,5 m de comprimento.
“Oficialmente em junho de 2021, o governador deu a ordem de serviço. Hoje a ponte está 99% pronta, faltando apenas as lajes de transição e os acessos. Agora a parte do Decracre termina aqui e passa a ser de responsabilidade do Dnit”, pontuou destacou a presidente do Deracre, Sula Ximenes.
Foram investidos, na primeira etapa, R$ 34 milhões, tanto de recursos federais, como de recursos próprios. “O anel viário de Brasileia vai incrementar o desenvolvimento econômico e social de toda a região do Alto Acre, além de promover e facilitar a integração comercial com os países vizinhos Bolívia e Peru. A ponte será uma das maiores do estado, com 232 m de extensão”, disse o governador.
A estimativa é que sejam investidos cerca de R$ 100 milhões no complexo viário. Os recursos serão utilizados na pavimentação de 10,3 km do novo traçado da pista e dos acessos à rodovia federal, nas duas cidades.
São mais 26,7 mil pessoas beneficiadas no Alto Acre. O empreendimento vai desafogar o fluxo de veículos na antiga Ponte Metálica José Augusto, construída na década de 1980.
“É a realização de um sonho. A ponte de concreto já está feita, agora o Dnit fica com a finalização. Isso mostra o nosso compromisso, nossa união, de governos federal e estadual, para a gente fazer obras que gerem emprego e renda e tragam melhorias para a população”, enfatizou o governador.
Última etapa
Agora, com a obra 99% entregue, o Dnit fica responsável pelos acessos de 10 km, sendo 5 km de cada lado. A estrutura reforça a ligação com o Pacífico. Ricardo Araújo, superintendente do Dnit, declarou que recebe uma estrutura quase pronta e agora resta apenas a finalização. Nessa etapa final, devem ser empregados mais R$ 80 milhões.
“Estamos com a previsão de lançar o edital desta segunda etapa, que é o projeto executivo dos dois acessos, até o fim de junho, e a empresa que ganhar já começa a trabalhar no mês de agosto. O orçamento previsto é de aproximadamente R$ 80 milhões, para concluir os dois lados”, estimou.
Assim que a empresa ganhar a licitação, a previsão de entrega é de 12 meses.
O deputado estadual Tadeu Hassem mencionou a importância de Brasileia, após ser atingida por um cheia histórica, poder comemorar este momento. Além disso, definiu a gestão de Cameli como “municipalista”, o que contribui para o desenvolvimento do estado: “Este é um dia muito especial. Quero agradecer à bancada federal, mas destacar que foi na gestão do governador Gladson que a ideia da ponte de ligar Brasileia e Epitaciolândia saiu do papel, fortalecendo nosso corredor interoceânico, lembrando que o Alto Acre tem o segundo maior PIB [Produto Interno Bruto] do estado e essa infraestrutura é muito importante para a nossa economia”.
O prefeito em exercício de Brasileia, Carlos Alves, frisou que a gestão do governador Gladson Cameli é impulsionadora para todos os municípios e que essa é uma obra muito esperada pela população.
“Sempre falei do carinho e portas abertas que o senhor tem com Brasileia, sempre colaborando; agradecemos muito. Sobre o anel viário, é uma obra que todos de Brasileia sonharam e sonham, e ficamos sem palavras, porque vários governos passaram e nem todos tiveram a ideia e a coragem de executar essa obra. Não iremos mais ficar isolados, as águas vão subir, porque é a natureza, mas o trabalho do homem está sendo feito”, observou.