Clube do Samba celebra Consciência Negra na terça: “Resistência é Sambar”

Zumbi dos Palmares, líder do mais famoso quilombo brasileiro, morreu em 20 de novembro de 1695. Em homenagem à ação de resistência e defesa da dignidade humana que sua história simboliza, a lei 10.639, de 2003, oficializa o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra.

Roda Cultual “Resistência é sambar” conta a história da cultura negra através da música (Foto: Arison Jardim)

Roda Cultual “Resistência é Sambar” conta a história da cultura negra através da música (Foto: Arison Jardim)

Para marcar o mês de comemoração dessa luta, na próxima terça-feira, 6, o Clube do Samba Acre abre a Roda Cultural “Resistência é Sambar”, celebrando com as músicas que entoam, em nossa cultura, a força da liberdade, da luta e da alegria. A Roda começa às 20 horas, no Casarão (Avenida Brasil, Centro).

O samba tem papel importante no processo da formação da cultura negra no Brasil. Segundo o músico e ogan (líder candomblecista) Denilson Carneiro, esse ritmo nasce com a chegada dos bantos (negros de Angola, Moçambique, Congo e Nova Guiné), que trouxeram o culto da divindade Kissimbi (Samba Inkice), de onde se origina o samba.

Carneiro afirma ainda que o samba era proibido – o escravo não podia ter identidade. Só sobreviveu até hoje porque “o africano não esquecia sua cultura e o recriou do jeito que podia neste novo país”. Como Zumbi, essa música divina se tornou, hoje, símbolo de um país.

A cada toque que se seguirá durante a Roda, o Clube do Samba reafirma sua proposta de trazer para o público de Rio Branco uma experiência que vá além do som. Para o presidente do clube, Anderson Liguth, essa edição da Terça do Samba é “uma ação afirmativa que mostra como a negritude contribui de forma fundamental com a nossa cultura, seja em manifestações artísticas ou não”.

”O africano não esquecia sua cultura e recriou o samba do jeito que podia no Brasil”, Denilson Carneiro (à esquerda) (Foto: Arison Jardim)

”O africano não esquecia sua cultura e recriou o samba do jeito que podia no Brasil”, diz Denilson Carneiro (E) (Foto: Arison Jardim)

Ações do Clube

Em especial, a Roda desse mês terá também caráter filantrópico. Toda a bilheteria será revertida para doação ao Educandário Santa Margarida, como ação prevista no cronograma anual do Clube. Ingressos continuam a R$ 5 (inteiro) e R$ 2,50 (meio).

A campanha “Samba de Letrinha segue até o fim de novembro, e o Casarão será ponto de coleta para a doação de livros e outras mídias de samba durante a festa.

O Clube do Samba Acre conta com apoio da Fundação Elias Mansour para realização da Roda Cultural e tem parceria com a Biblioteca da Floresta para formação de acervo com as doações da campanha. Para saber mais acesse a página http://facebook.com/clubedosambaac.

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