Cirurgia de redução dos sintomas do Parkinson é realizada no Acre

O aposentado Elidiu Pinheiro afirma que está quase curado, pois não sente mais os constantes tremores nas mãos causados pelo Parkinson (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O aposentado Elidiu Pinheiro afirma que está quase curado, pois não sente mais os constantes tremores nas mãos causados pelo Parkinson (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Quando fui acometido pelo mal de Parkinson, pensei que não tinha tratamento para essa doença nem sonhava em tratá-la no Acre”, relata o aposentado Elidiu Pinheiro, o primeiro paciente do Estado a realizar a cirurgia de redução dos sintomas da doença no Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco.

De acordo com o neurocirurgião André Motta, neste ano foram feitas duas cirurgias para amenizar os sintomas do Parkinson, que provocam os constantes tremores nas mãos e em partes do corpo.

O primeiro a realizar a cirurgia, em fevereiro deste ano, Elidiu faz questão de relatar: “Hoje, graças a Deus, e em especial ao doutor Motta e toda a equipe médica do HC, estou quase curado, pois não tenho mais aqueles constantes tremores nas mãos”.

A cirurgia

Para a realização desse novo procedimento médico, destinado a tratar pacientes com o mal de Parkinson, o governo do Estado faz parceria com o Instituto de Neurocirurgia da Amazônia Ocidental, que dispõe de profissionais para o procedimento cirúrgico de alta complexidade, além de equipamentos avançados, que oferecem baixo risco para o paciente.

“A cirurgia leva pouco mais de duas horas. Fazemos pequenas lesões no globo pálido do cérebro, região envolvida com a origem dos sintomas da doença, para localizar o acesso preciso às profundas estruturas intracranianas. Depois da cirurgia, os efeitos são imediatos, ou seja, o indivíduo não apresenta mais os tremores que a doença provoca”, explicou o neurocirurgião.

Motta ressaltou que cada lado do cérebro envia um comando para que executemos as ações desejadas. “O nosso lado direito do cérebro é responsável por enviar os comandos a serem executados pela parte esquerda do corpo, e o lado esquerdo, da parte direita. Por isso, a cirurgia de Parkinson é feita em dois módulos: operamos primeiro um lado e, após a recuperação do paciente, o outro, para que tenhamos a paralisação de cerca de 90% dos tremores”, esclareceu.

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