Ciosp quer reduzir números de trotes ao 190 com apoio da população

As crianças são responsáveis por 50% dos trotes e as ligações são realizadas nos horário de entrada e saída de colégio

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Todas as ligações feitas ao 190, são gravadas e identificadas. O uso indevido do serviço, causa prejuízos à população. (Foto:Assessoria Sesp)

O Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), considerado pelos gestores do sistema a peça principal da grande máquina que comanda o Sistema de Segurança Pública, nem de longe lembra o antigo Centro de Operações da Polícia Militar (Coopom), que funcionava de forma bastante precária em uma instalação física modesta no Quartel da Polícia Militar.

Hoje a realidade é diferente. O Ciosp não é mais exclusivo da PM. Faz parte de um sistema de comunicação integrado e compartilhado pela própria corporação, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e em algumas situações o Samu, pois muitas pessoas não sabem que o Samu está desvinculado da Segurança Pública – é parte importante do setor de Saúde e atende pelo número 192.

Tudo no Centro transpira modernidade em acomodações. E os números sempre, nos superlativos. Ainda assim, não consegue se livrar dos trotes. De acordo com o coordenador-geral do Ciosp, major Almir Lopes de Souza, da Polícia Militar, os trotes já se tornaram "uma instituição". “Combatê-los é muito difícil. O que pretendemos é reduzi-lo a um limite aceitável e que não comprometam o atendimento que oferecemos à população.

No ano passado, o número de trotes para o 190 chegou a 18,37%. Em números, isso significa 112.748 ligações”, disse. Para o coordenador do Ciosp, as crianças são responsáveis por 50% dos trotes e as ligações são realizadas nos horário de entrada e saída de colégio. Não há duvida de que, por questão cultural, as pessoas ainda se divertem passando trotes para a polícia. Vale lembrar que todas as ligações são gravadas e identificadas do local exato de onde foram feitas.

As ligações recebem retorno explicando da necessidade do uso correto do número discado (190) e dos prejuízos que as brincadeiras causam para a população. Nos casos de reincidência, são tomadas medidas que implicam as penalidades previstas por perturbação ou dificultar o trabalho da polícia, por exemplo.

No relatório do ano passado, por exemplo, consta que foram feitas 613.679 ligações para o 190. O número total de ligações atendidas foi de 574.362. No documento de 2010 consta que 237 pessoas ligaram em busca de algum tipo de orientação e outras 4.217 foram de ligações por engano. Outras 84.944 foram ligações consideradas indevidas e com pedido de informações como, por exemplo, número de telefone de pessoa ou endereços, o que não é trabalho do centro.

Enfim o major Souza reitera o pedido para que a população faça uso adequado do 190. Quando uma viatura se desloca para atender uma ocorrência falsa, alguém está sendo prejudicado na espera por atendimento.

No centro da capital

O governo do Estado, por intermédio da Sesp, investiu maciçamente no Ciosp, seja na aquisição de modernos equipamentos de comunicação, rádio de última geração e treinamento especializado dos atendentes. Agora o atendimento é feito por funcionários de empresas terceirizadas, uma modernização que proporcionou aumentar o efetivo policial em atenção direta nas ocorrências de rua.

O centro de operações está  instalado no subsolo do Palácio das Secretarias, anexo à Sesp. É gerenciado pelo coordenador-geral, major Almir, um coordenador administrativo, major Charles, do Corpo de Bombeiros, e um coordenador de operações, delegado Henrique Marcial, da Polícia Civil. Os telefones convencionais do centro e que podem ser usados para informações diversas são o 3212-1923 e o 3212-1901.

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