O Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) integra as forças de Segurança do governo do Estado do Acre para salvar e proteger a população, com atendimento ágil possível por meio do transporte aéreo. Integração também foi “o marco” na atividade de apresentação da equipe e do serviço para as crianças com transtorno do espectro autista, na manhã deste dia 2 abril, data que marca o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Tudo que envolve aviação naturalmente chama atenção das crianças e no caso das crianças com essa síndrome não foi diferente, mesmo o déficit de atenção sendo uma característica comum entre eles, o que se viu foi olhinhos de admiração, sorrisos e expressões de contentamento para com a apresentação dos pilotos e do helicóptero.
A interação do Ciopaer com as crianças com síndrome do espectro autista e seus familiares no Centro de Ensino de Segurança Pública Integrado de Ensino e Pesquisa (Cieps), onde funciona a base administrativa e também está sendo instalada a base de pouso dos helicópteros. A equipe composta por oito pilotos e 10 operadores aerotaticos mostrou como funciona os serviços, maioria em caráter de resgate.
O encontro com as cerca de 40 crianças autistas ocorreu por meio da procura dos próprios familiares. Durante a apresentação foram mostradas as ações de resgate de emergência em locais isolados, quando a vida depende da agilidade do transporte aéreo.
O coordenador do Ciopaer, major/PM Samir Freitas, falou sobre as expectativas positivas no encontro com as crianças, tendo em vista o encantamento natural que a atividade desperta nos pequenos, destacando o momento favorável que o setor se encontra, pelo olhar atento do poder executivo, com investimento em dois helicópteros para operacionalizar as ações.
“Nossa primeira atividade com crianças, a constatação da importância de jamais parar de sonhar”, ponderou o major.
A presidente da Associação Família Azul do Acre, Heloneida Gama, falou sobre a importância da interação da equipe do Ciopaer com as crianças e seus familiares, lembrando que o autismo não tem cara e muitas vezes é confundido com falta de educação, pais chegam a ser hostilizados em atendimento preferencial por suas crianças não aparentarem debilidades físicas.
“Assim como todas as crianças, os que são acometidos por esse transtorno também são encantados por aviação, sonham, querem conhecer e toda atividade de inclusão deve ser festejada,” reconheceu Gama.
O casal Patrícia Moraes e Leandro Cordeiro participou da atividade com o filho Felipe, seis anos, viu como positivo esse tipo de iniciativa, ao passo que estimula, inclui, promove interação social também para os familiares, pois os mesmos enfrentam desafios silenciosos e solitários na lida com uma condição tão especial de seus filhos.
“O Contentamento do nosso filho valeu muito a pena e agradeço tamanha atenção dos militares”, reconheceu a mãe do pequeno Felipe.