Uma das ricas experiências da Caravana de Cultura e Humanização aconteceu na cidade de Santa Rosa. A simples ideia de exibir um filme na Praça Ronald Moura para fazer o chamamento e mobilização das pessoas para as oficinas do projeto acabou transformando o espaço num cinema ao ar livre. Foram cinco dias de exibições de filmes brasileiros, entre longas e curtas-metragens.
Crianças, jovens, adultos, entre indígenas e não indígenas formaram o público ávido pela sétima arte. Ao final de cada sessão o que se ouvia de um lado a outro: ‘mais um, mais um’.
“Não perdi uma sessão assisti todos os filmes, e veria tudo de novo. É um divertimento pra nós, é muito bom”, disse o estudante Flávio Santos, 16 anos.
“Narradores de Javé”, de Eliane Caffé, “Redentor”, de Claúdio Torres, “Fica comigo esta noite”, de João Falcão, “Cinema, Aspirinas e Urubus”, de Marcelo Gomes, “Disque Quilombola”, de David Reeks e “A gente luta, mas come fruta”, dirigido pelos videastas indígenas Bebito e Issac Piãnko, foram os filmes exibidos.
“Gostei do filme das crianças do quilombo e também dos índios. Todos os meus amigos amaram”, comenta Jéssica Maia, 11 anos.
Oficina Cine Mais Cultura – A comunidade do lugar respondeu ao chamamento. A ideia de exibir os filmes na praça deu tão certo que terá sua continuidade. O grupo que participou da oficina de cinema que faz parte da caravana iniciará uma parceria com o cineclube coordenado pelo professor Galvão, que voltará a funcionar após um tempo parado. O cineclube foi contemplado pelo programa Cine Mais Cultura do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
“A oficina foi muito interessante. No meu caso, além de trabalhar na sala de aula, também estarei junto ao cineclube com meus amigos que fizeram a oficina. A ideia é fazermos itinerante” comenta a professora Rafiza Patrice.
Caravana de Cultura e Humanização – É um projeto do governo do Estado, por meio da FEM e Diretoria de Humanização. O projeto nesta semana segue para o Jordão, sétima cidade das 22 que serão visitadas pelo projeto, que agrega ainda as oficinas de teatro, humanização da gestão, qualidade de vida, educação patrimonial, e a Feira de Economia Criativa uma mostra de produtos artísticos-culturais de cada lugar.
