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Exibição gratuita de filmes cria alternativa de lazer nos bairros (Val Fernandes)
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Começou no bairro Bahia Nova um projeto que propõe a socialização e integração de jovens, adultos e crianças, por meio do cinema: o Cine Comunidade. A ideia é levar lazer e diversão para a população que reside nos bairros da cidade de Rio Branco, que não tem acesso a atividades artísticas.
Numa tenda montada na Rua Três Primaveras, lugar onde a comunidade costuma realizar seus eventos, várias cadeiras foram espalhadas. Toda a parafernália de exibição, que incluiu um telão, foi montada para que o público composto em sua maioria por crianças assistisse ao filme ‘Tainá 2’, no último sábado, 17.
O pontapé inicial do projeto, criado dentro do programa Cultura e Comunidade, da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour (FEM), teve início pelo Bahia Nova, respondendo a uma solicitação da própria comunidade, que vem realizando diversas atividades artístico-culturais no bairro.
“Fomos procurar a FEM para trazermos algo para cá, e foi muito bom começar com o cinema. Nós sempre realizamos atividades nesse trecho da rua, que já é um espaço nosso. Fechamos a rua, avisamos a todos os moradores, mobilizamos e todos respondem ao chamamento numa boa. Muitas vezes, se precisamos fazer uma cota para o evento, todo mundo coopera”, comentou João Reis Lopes da Cruz, que realiza vários projetos culturais na comunidade.
Dona Francisca Mesquita de Souza, moradora do bairro há 25 anos, foi uma das primeiras a chegar para a sessão acompanhada do neto de quatro anos. “Para nós, mãs e avós, são muito importantes essas atividades. Aqui não tem isso, as crianças ficam sem fazer nada na rua e é preciso ocupar suas mentes com coisas boas”, disse.
Com direito a pipoca, cerca de 60 crianças se divertiram e interagiram com o filme durante a sessão. “Adorei tudo que aconteceu aqui. O filme ensina a gente a respeitar os animais, a floresta. A Tainá é linda. Aquela aldeia cheia de crianças dá vontade de ficar lá, junto com os indiozinhos, só brincando e subindo nas árvores, pulando no rio”, foi o que disse Átila de Souza Rodrigues, de oito anos.
O Cine Comunidade criará um circuito em parceria com as comunidades e com os atores principais do processo onde o projeto poderá se inserir. “Pretendemos realizar um circuito de cinema, além de estimular e apoiar a criação de cineclubes comunitários. A intenção é estimular o olhar dessas crianças e adolescentes, tendo como instrumento a sétima arte”, disse Francis Mary Alves de Lima, diretora-presidente da FEM, que participou da abertura do projeto.
