O Acre é pioneiro em políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, adotando um modelo de crescimento que necessita de informações técnico-científicas para subsidiar seu desenvolvimento econômico e social sem, contudo, facultar a degradação de seu principal ecossistema, a floresta amazônica.
Visando essa finalidade e uma maior integração entre os órgãos ambientais, o governo do Estado vai implantar na Cidade do Povo o Centro Integrado de Gestão e Monitoramento Ambiental, que congregará três instituições diferentes, todas relacionadas ao cuidado ambiental: Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) e Instituto de Terras do Acre (Iteracre). O local também contará com um núcleo de geotecnologia e hidrometeorologia, que analisará dados climáticos e meteorológicos, dando respostas rápidas para os eventos ambientais críticos, como enchentes e queimadas.
Articulação e Integração Institucional na Cidade do Povo
O conceito que rege a construção, do ponto de vista funcional, articula órgãos afins, ajustando-os à necessidade de uma coordenação integrada, permitindo um salto qualitativo em relação à gestão ambiental. Permitirá a integração das ações institucionais em um mesmo espaço físico, com maior articulação e sinergia entre as instituições.
O centro propõe ainda a realização de um amplo programa de capacitação e difusão de informações relacionadas ao ordenamento e gestão territorial, oferecendo habilitação prática nas diferentes áreas técnicas para recém-formados em geografia, engenharia florestal, agronomia e áreas afins. Estes residentes colaborarão com as demandas de produção de conhecimento e informações, avaliando os processos de degradação ambiental e delineando formas para mitigá-los.
O secretário de Meio Ambiente Edegard de Deus explica que o projeto traz um conceito novo, uma vez que é um prédio-parque a ser instalado dentro da Cidade do Povo, que já tem um conceito de sustentabilidade, numa área aprazível adequadamente instalada do ponto de vista ambiental. “É uma obra de grande porte, criada dentro de critérios arquitetônicos sustentáveis, ocupando um espaço privilegiado do ponto de vista ambiental e paisagístico: duas nascentes e o principal afluente local do Igarapé Judia, sendo que o projeto respeita e valoriza essas particularidades”, conclui.
A área onde será construído funciona como uma bacia de retenção, ou seja, o conjunto arquitetônico do prédio foi também elaborado de modo a amortecer o impacto do volume da água que chega ao afluente, minimizando os efeitos da impermeabilização urbana. A estrutura se localizará dentro de um corredor ecológico, onde hoje é área de pastagem.