Chico Pop ao extremo

Festival Chico Pop 2010 cresce e ganha uma semana de atividades culturais

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Organizadores do Festival apresentaram programação que neste ano está maior e mais diversificada (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Uma celebração de paixão às artes e à memória de Francisco Ventura de Menezes. Essa é a proposta do Festival Chico Pop 2010, que acontece em Rio Branco de 21 a 27 de junho. Neste ano, o Festival vai muito além das apresentações musicais: serão sete dias de sessões audiovisuais, literatura, mídias alternativas, workshops e, claro, muita música.

Em sua terceira edição, o Festival Chico Pop toma novas proporções. O Festival que começou em 2008 com apenas um dia de apresentações musicais passa por novos rumos e em 2010 traz uma extensa programação de atividades culturais, agregando novos projetos e realizando novas parcerias. Tudo isso em eventos totalmente abertos à população, com entrada franca, celebrando a diversidade cultural e contando com total participação popular.

Assim, o Festival Chico Pop deixa de ser uma celebração musical e passa a ser um Festival de arte. A programação inclui a exibição do documentário inédito O Teatro de Betho Rocha, workshop de gravação e produção musical, projeto Sempre um Papo, com Fabrício Carpinejar e Encontro de Twitteiros Culturais. As apresentações musicais acontecem nos dias 26 e 27, com várias bandas acreanas, variando desde o cavaquinho, ao metal e o rock melódico.

Acesse aqui o site oficial com a programação completa

Apoiando e construindo

O Festival Chico Pop é uma realização do Coletivo de Cultura P&ia, que nasceu com o objetivo de promover uma nova retomada da cultura local. Segundo Alexandre Nunes, diretor da Rádio Aldeia, o P&ia surgiu a partir do envolvimento de várias pessoas na produção cultural ao mesmo tempo, formando o coletivo de forma natural. "O coletivo nasceu do fazer, não de discussões. Não sentamos e fundamos o coletivo, ele surgiu espontaneamente a partir do trabalho que já estávamos desenvolvendo", conta Alexandre.

Araão Prado, músico e um dos organizadores do evento, conta que "o Festival cresceu, ano após ano, e o trabalho cresceu também, se tornando ainda mais sólido". Entre aqueles que acreditaram nessa iniciativa, estão o Governo do Estado do Acre e a Oi Futuro. Cassiano Marques, Secretário Estadual de Esporte, Turismo e Lazer, aproveitou para afirmar que "a produção cultural reflete diretamente na cadeia de turismo. A base da demanda do turismo é o fortalecimento das atividades culturais".

A Oi Futuro, é uma entidade cuja missão é ser percebido como um importante agente de transformação social com parcerias interessantes, atitudes inovadoras e efetivas. Segundo Katia Garben, representante da entidade, o sentimento da organização parceira é de felicidade em ver eventos como o Festival Chico Pop no Acre. "O Acre é um estado forte de cultura e eu espero que a Oi Futuro possa fazer ainda mais parcerias. O Chico Pop é apenas o início", disse Katia.

Quem foi Chico Pop?

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Incentivador da cultura local, o jornalista Chico Pop é o homenageado do Festival (Foto: Divulgação)

O jornalista, acreano, Francisco Ventura de Menezes escrevia uma coluna em um jornal local, utilizando o pseudônimo Chico Pop, nas décadas de 70 e 80. "O Pop" era um jornal produzido em Rio Branco voltado a cultura e a vida social no início dos anos 70. Daí o porquê do nome escolhido por Francisco.

Ele foi uma das primeiras pessoas no estado a trabalhar com jornalismo cultural. Fã de música e poesia, Chico era um dos maiores agitadores da cena cultural acreana. Inclusive, sendo um dos fundadores do FAMP, o Festival Acreano de Música Popular. Hoje, Chico Pop empresta seu nome para o Festival Chico Pop – A cidade se diverte.

Acontecendo desde o ano de 2008 no coreto da Praça da Revolução, local onde efervescia a cultura acreana nos tempos de Chico, o festival mudou de endereço em 2010, sendo realizado na Concha Acústica Jorge Nazaré durante os dias 26 e 27 de junho. "É uma homenagem pelo que ele representa para a cultura acreana, colocava a mão na massa, fez parte do fazer cultural, ia desde carregar caixas a mobilizar o artista", lembra Alexandre Nunes.

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