Mário Luiz Chacon Calderón afirmou que o governo da Bolívia não vai nacionalizar qualquer veículo que circule em seu território
O chefe da polícia de Cobija, coronel Mário Luiz Chacon Calderón, acompanhado do tenente Saúl Jonas Inclán Hichar e do sargento Martin Manari Huasco, foi recebido esta semana em visita oficial a Rio Branco pelo secretário de Segurança Pública do Acre, Ildor Reni Graebner, e pela diretora executiva de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Eliethe Maria Gabriel Gadelha.
O oficial boliviano veio retribuir a visita das autoridades brasileiras a Cobija no início de junho com a presença do governador Tião Viana. Em Rio Branco, ele recebeu das mãos do secretário de Segurança relação elaborada pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), com número de placas de 665 veículos com registros de roubos e furtos, a partir de 2009. “É possível que alguns desses veículos tenha sido levado para a Bolívia”, afirmou o secretário.
Chacon Calderón afirmou que a determinação do governo boliviano é de não nacionalizar qualquer veículo que circule em território boliviano. “Comprovado que o veículo é procedência de furtos e seja recuperado pela polícia boliviana, ele será devolvido ao proprietário sem nenhuma burocracia”, assegurou.
Reni Graebner disse que a disposição tranquiliza as autoridades brasileiras. Calderón orientou as vítimas de furtos de veículos a se dirigirem ao consulado da Bolívia em Brasileia, portando documentos que identifiquem o veículo e, naturalmente, o registro do Boletim de Ocorrência (BO).
Além do assunto relacionado ao furto de veículos, o coronel Chacon Calderón falou dos pontos de vulnerabilidade (fronteiras secas) entre os dois países, onde os traficantes podem usar como rota de contrabando ou tráfico de drogas: Capixaba (Vila Evo Morales) Plácido de Castro (Vila Montevidéu) Xapuri, Acrelândia, Epitaciolândia e Brasileia.
Calderón falou da disposição da Bolívia de implantar postos de fiscalização ao longo da fronteira para coibir o tráfico de drogas, roubos de veículos e tráfico de pessoas, e ouviu das autoridades acreanas que o governo federal está implantando o Policiamento de Fronteira (Profon), com a participação da polícias Federal, Militar e Força de Segurança Nacional.
Ainda no prédio da Secretaria de Segurança Pública, a comitiva boliviana assistiu a uma apresentação do Sistema de Informação e Gestão Operacional (Sigo), poderosa ferramenta da Sistema Integrado de Segurança Pública do Acre (Sisp) que identifica os suspeitos através de uma banco de dados integrado a todo o sistema de segurança do Acre e do país.
No Comando Geral da Polícia Militar, ele conheceu como funcionam a corporação e suas atribuições. Visitou o Comando Geral do Corpo de Bombeiros e demonstrou interesse em promover intercâmbio de conhecimento e especialização através de cursos bilaterais. Calderón também conheceu a OCA e se impressionou com a organização, funcionalidade e o número de pessoas atendidas diariamente.