Centro de Atenção proporciona nova oportunidade aos usuários de drogas

O Caps-ad III de Rio Branco atende 24 horas, diariamente (Foto: Assessoria Sesacre)
O Caps-ad III de Rio Branco atende 24 horas, diariamente (Foto: Assessoria Sesacre)

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps-ad III), inaugurado em maio do ano passado em Rio Branco, visa cuidar dos usuários de álcool e drogas, respeitando o indivíduo enquanto pessoa, possibilitando sua inclusão social, profissional e familiar.

O Caps-ad III possui uma estrutura com quatro leitos masculinos e dois femininos, consultório médico, posto de enfermagem, farmácia e sala de recuperação. Trabalha na unidade uma equipe multiprofissional de psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, médicos e enfermeiros.

Carina Hechenberguer, gerente da unidade, ressalta que no Caps o paciente tem a livre escolha de permanecer ou não em tratamento (Foto: Assessoria Sesacre)
Carina Hechenberguer, gerente da unidade, ressalta que no Caps o paciente tem a livre escolha de permanecer ou não em tratamento (Foto: Assessoria Sesacre)

De acordo com a enfermeira e gerente da unidade, Carina Hechenberguer, os serviços são prestados 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana e feriados. De janeiro a dezembro do ano passado, foram atendidos 1.352 pacientes.

Carina diz que, além dos atendimentos médicos e acompanhamentos com esses pacientes, várias atividades, como dança, artes e esportes, são desenvolvidas com os internados. “Vale ressaltar que aqui não é como um hospital convencional, onde o paciente sai somente quando recebe alta. Ele tem a livre escolha de optar se permanece recebendo o tratamento ou não. Ou seja, ele sai quando quiser, mas, pela atenção e carinho em que é tratado aqui, a evasão é pequena”, enfatiza.

Recuperando Vidas

Um paciente, que prefere não ser identificado, conta que está há cerca de uma semana em tratamento e que tinha vontade de abandonar o vício. Porém, não sabia onde procurar ajuda, como ter acesso aos serviços e nem mesmo se o vício era encarado como um problema de saúde.

“Uso drogas há cerca de oito anos. Comecei com álcool, depois passei a usar maconha, daí para frente minha situação foi piorando. Andava como mendigo e minha família já tinha se cansado de querer me ajudar. Com a ajuda de minha irmã, quem me trouxe até o Caps, conheci diversas histórias, iguais ou piores que a minha. Isso ajuda a perceber que não estamos sozinhos e que tem como deixar as drogas. Já tenho planos de me recuperar e voltar a trabalhar”, explica o paciente.

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