Central de Cooperativas do Juruá passa a comercializar produtos já empacotados

Governo investiu R$ 1,75 milhão nas cadeias produtivas do feijão e da farinha

O Governo investiu cerca de R$ 1,75 milhão para equipar as cooperativas, recuperar empacotadeiras e reformar a sede da Central (Foto:Flaviano Schneider)
O Governo investiu cerca de R$ 1,75 milhão para equipar as cooperativas, recuperar empacotadeiras e reformar a sede da Central (Foto:Flaviano Schneider)

Governo investiu cerca de R$ 1,75 milhão para equipar as cooperativas, recuperar empacotadeiras e reformar a sede da central (Foto:Flaviano Schneider)

Desde abril deste ano, o governo do Estado vem trabalhando, através da Secretaria de Indústria, Comércio e Tecnologia (Sedict), no sentido de organizar as cooperativas do Vale do Juruá ligadas à produção agrícola visando a formação de uma central de cooperativas, que já se tornou realidade.

Surgiu a Central de Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá (Central Juruá), englobando três cooperativas: a Cooperativa Agrícola Mista dos Produtores Rurais de Cruzeiro do Sul (Camprucsul), a Cooperfarinha, de Cruzeiro do Sul, e a Coopersonhos, de Marechal Thaumaturgo.

O governo investiu cerca de R$ 1,75 milhão para equipar as cooperativas, recuperar empacotadeiras e reformar a sede da central, deixando os produtores capacitados para oferecer um produto de qualidade já empacotado. Esta terça-feira, 22, foi o momento da apresentação do produto final: feijão e farinha devidamente empacotados em sacos de um quilo.

Estiveram presentes produtores, servidores da Sedict, o presidente e o vice-presidente da Central Juruá, Germano da Silva Gomes, e Antônio da Conceição de Azevedo, respectivamente, e o presidente da Associação Comercial do Alto Juruá (Acaj), Marcos Venício Alencar de Souza, que no ato recebeu simbolicamente um quilo de feijão e outro de farinha empacotados com a marca da Central Juruá.

O presidente da Acaj na ocasião elogiou o governo do Estado por ter voltado sua atenção para a questão da produção local, organizando e unindo os produtores. Ele explicou que sem esta organização as empresas não teriam mais como comprar os produtos diretamente dos produtores, pois necessitam de nota fiscal dos produtos adquiridos. Segundo informou, a Receita Federal instituiu um programa denominado ‘speed fiscal’, que controla todas as compras e vendas. Por enquanto, apenas as empresas que têm faturamento acima de R$ 3 milhões estão sujeitas ao programa, mas a partir de 2014 todas as empresas terão que aderir a ele.

Segundo Marcos, ele descobriu em 2007 que saíram pelo porto de Cruzeiro do Sul 170 mil sacas de farinha. Foi então que ele sugeriu ao governo do Estado que organizasse os produtores em cooperativas viabilizando a geração de mais renda com a produção local, evitando assim que ela saísse da região em sacos. Ele garante que os comerciantes locais têm interesse em adquirir a farinha e feijão da região. Ele considera um grande passo para a economia local, já que os recursos que teriam que ser enviados para fora com a compra de produtos passam a circular na própria região com a compra da produção local. E lembra: “Um produtor sozinho não teria condições de se organizar para vender a produção de forma legalizada”.

Produtos da Central

Com apoio da Sedict, a Central Juruá recuperou duas empacotadeiras – uma pertencente à Camprucsul, que estava já vários anos desativada – e ainda a que estava nos armazéns da Cageacre e pertencia ao espólio da antiga cooperativa denominada Casavaj. O governo ainda cedeu espaço no armazém da Cageacre para a Central Juruá empacotar os produtos e comprou dois caminhões para a Central – um deles para realizar as entregas .

Hoje a central tem empacotadas e prontas para comercialização 20 toneladas de farinha e duas toneladas de feijão. Em estoque ainda tem mais 20 toneladas de feijão no ponto de empacotar. O feijão, proveniente do município de Marechal Thaumaturgo, é parte da produção resultante das sementes que o governador Tião Viana levou ao município em sua primeira viagem oficial como governador no início do ano. Além do comércio local, a central também terá a preferência em fornecer produtos para a merenda escolar. A central também pretende, com o correr do tempo, colocar novos produtos à disposição para comercialização, como polpas de frutas, ovos, animais de pequeno porte e outros.

Para o produtor de farinha, o surgimento da central foi um excelente negócio: os marreteiros pagam no máximo R$ 40 a saca de 50 quilos, enquanto a Central paga entre R$ 70 e R$ 75 a mesma saca. Segundo o presidente da Central Juruá, inicialmente o objetivo é abastecer o mercado local e em seguida exportar.

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