Polícia Militar

Centenária, Polícia Militar guarda memórias de dedicação e amor

A Polícia Militar do Acre (PMAC), comemorou sábado, 25, 103 anos. A corporação foi criada no ano de 1916, quando  o Governo Federal, por meio  do decreto n° 12.077,  constituiu as Companhias Regionais, com a missão de conservar a ordem pública em cada Departamento (município) do Acre.

Com mais de 100 anos de dedicação à sociedade, a corporação teve importante participação na construção estrutural do estado. Os militares trabalharam com aberturas de estradas, pavimentação de ruas, construção de aeroportos.  Ao completar 103 anos, os integrantes contam suas histórias e revelam que, além os coturnos há histórias de dedicação e amor à profissão.

Os Sargentos Rummenigge e Carla são bons exemplos de amor à profissão (Foto: Talles Macedo/Secom)

Mulher em serviço

Se outrora vistas como sexo frágil, a Sargento Carla mostra a força e representatividade da mulher na segurança pública. Com quase 20 anos de carreira, a sargento entrou para a corporação em fevereiro de 2000 e conta que, no início, pensava que não ia ficar muito tempo na profissão. “Entrei na PM já pensando em sair e acabei ficando até hoje. 19 anos depois sigo aqui, firme e forte, no exercício da profissão. Com o tempo aprendi a amar a atividade”, relata.

Casada há mais de 30 anos com um também policial militar, Carla é formada em Educação Física e atuou como professora antes de se tornar militar. Ela fala das dificuldades na troca de profissão “Foi uma coisa totalmente diferente da realidade que eu vivia. Eu era professora de educação física, uma educadora e me tornei policial, uma repressora”, relembra.

A  militar conta a experiência nos seus primeiros dias de trabalho. “Meu primeiro serviço na PM foi no carnaval, eu não estava muito acostumada. Naquela ‘muvuca’ de carnaval, de prender folião, no calor da emoção, onde, às vezes, temos que usar a força e isso me marcou muito, foi um choque de realidade” relembra a agente.

Servir e Proteger

Outro militar abraçado pela segurança é o Tenente Irandir Marin,  natural de Tarauacá, e que tem mais de 30 anos de carreira. Entrou para a PM em 1992 e conta como foi seu início na instituição. “Terminei o segundo grau (ensino médio) e tinha um emprego que não pagava muito bem, foi quando surgiu o concurso da PM. Eu só queria passar uma temporada na polícia, não gostava da profissão. Passei um tempo, fui gostando e estou até hoje. Já passei por quase todas as unidades da corporação nesses 31 anos de serviços prestados. Tudo o que eu tenho hoje foi a PM que me deu,” salienta.

O tenente Irandir Marin possui mais de 30 anos de serviços prestados à corporação (Foto: Talles Macedo/Secom)

Com o objetivo de levar segurança ao cidadão e atuar no combate à criminalidade, os agentes da lei muitas vezes acabam arriscando a própria vida em busca de cumprir sua missão. O reconhecimento vem das ruas, onde a população, a cada dia mais, abraça a PM.

 Ao lado do cidadão de bem

O Sargento Rummenigge destaca que o relacionamento entre a polícia e a população acreana se estreitou com o passar dos anos. “Com o tempo a sociedade passou a nos respeitar e admirar mais. Antes nos viam como os vilões, mas hoje em dia nos veem com bons olhos”.

Com 16 anos de carreira militar, Rummenigge enfatiza a função da PM na sociedade atual. “Sem dúvidas (a função da PM) é repreender a violência e proteger o cidadão de bem. Diariamente buscamos dar o nosso melhor e defender a população de possíveis ameaças”, salienta o sargento.

Popularmente conhecida como “Briosa”, a PMAC faz mais do que repreender, ela também auxilia a população acreana com seus diversos projetos educativos e sociais como o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), Galvez Esporte Clube, Banda da PMAC, entre outros.

A data marcante simboliza e reconhece os serviços prestados pelos agentes da lei nesses mais de 100 anos de história.