Castanha do Acre


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Estado domina 20% do mercado nacional da castanha, amêndoa retirada da floresta amazônica pelas populações tradicionais. Gestão de Evo Morales abalou preço do produto no Brasil

Antes das 6 da manhã, José Antônio Teixeira da Silva, o Zé da Coresma, junta-se aos companheiros e entra na mata para a coleta dos ouriços da castanha. Dali ele só sai depois das 17 horas. Na Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema, a coleta, assim como todo o resto, é feita com base no princípio da coletividade. Todos trabalham, todos se ajudam e todos lucram. A chuva que cai na Amazônia nesta época do ano, que coincide com o período de coletar das amêndoas, dificulta ainda mais o trabalho dos extrativistas. Dificulta, mas não os faz desistir, já que a chuva é talvez a menor das dificuldades diante do esforço que precisam fazer para retirar a castanha da mata.

O extrativismo no Estado ainda é muito rudimentar, apesar de representar uma das principais fontes de renda para as populações tradicionais da floresta. Para fortalecer a cadeia produtiva da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), o Governo do Estado tem investido em galpões, fábricas e no trabalho direto com os extrativistas. A Embrapa, por sua vez, tem sua parte no bolo e também trabalha para consolidar as boas práticas produtivas e viabilizar o processo econômico dos castanhais. A meta é beneficiar 100% da amêndoa acreana. 

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Zé Coresma ajeitando um dos sacos com cerca de 80 quilos de castanha. O percurso na mata leva até 2 horas

 

Apesar da crise internacional que ameaça a economia em todos os seus setores, a Cooperacre (Cooperativa Central de Comercialização de Produtos Extrativistas do Estado do Acre), a maior comercializadora de castanha no Estado, mantém-se otimista. “A crise chegou porque a Bolívia, que domina 60% do mercado internacional da amêndoa, não comprou uma lata de castanha acreana. Mas estamos praticando um preço justo, em que o produtor não sai perdendo, e vamos conseguir pagar nossas contas com o banco”, disse Manoel José, presidente da cooperativa.

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Transporte dentro da mata é um dos desafios dos extrativistas

Para percorrer o castanhal da Resex Cazumbá são necessários força e coragem. São gastas até duas horas do fim do castanhal até o paiol, onde a castanha é depositada. A alternativa encontrada pelos extrativistas foi trabalhar em grupo. Uma estratégia utilizada é trabalhar por árvore: todos coletam os ouriços e jogam num ponto comum, depois quebram e apanham só as castanhas.

Odimar Celestino de Moura mora há 25 anos na reserva. Para ele, a maior dificuldade encontrada na coleta da castanha é o transporte da mata para o armazém. “A gente pega cipó de tauari para carregar os sacos nas costas. Essa é a pior parte, mas temos que fazer. A castanha quase sempre está molhada, o que aumenta o peso dela. Mas faz parte do processo, sempre foi assim. Aqui não temos animais de carga, o que seria uma alternativa”, contou. 

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A castanha deve ser coletada e retirada da floresta no mesmo dia para evitar a aflotoxina

 

 

 

 

 

 

 O pesquisador analisa que, para fugir da rudimentaridade do extrativismo, não basta apenas vontade. “Para melhorar o nível de qualidade é preciso melhorar a exigência do comprador. Apesar de o processo ser bastante rudimentar, é possível chegar ao padrão de qualidade exigido para a exportação. O fato de o fruto ser coletado, quebrado e transportado no mesmo dia, por exemplo, reduz a exposição ao solo e a incidência de fungos nas sementes”, observou Rivadalve.div.jpg

Meta é viabilizar sistemas de produção da castanha, de olho na sustentabilidade

A Embrapa desenvolve dentro do Cazumbá o Projeto da Castanha, que está inserido no Programa de Biodiversidade Brasil-Itália, e conta com diferentes planos de ação. São estudados pela Embrapa os aspectos qualitativos e fitossanitários. O objetivo da pesquisa que a Embrapa está realizando é levantar aspectos da viabilidade econômica e traçar planos para que o extrativista consiga colher a castanha e vender sem que haja a contaminação por aflatoxina em níveis acima do permitido pela legislação.

 “Trabalhamos para viabilizar a sustentabilidade dos sistemas de produção, que para ser sustentável precisa ter regeneração e reposição das espécies. Nós verificamos se a intensidade da coleta da semente está afetando a regeneração da espécie e também os aspectos produtivos: distribuição geográfica, incidência de cipó, produtividade da árvore e viabilidade econômica”, explicou o pesquisador.

Cerca de 70 famílias são beneficiadas pelo projeto da castanha desenvolvido pela Embrapa dentro da Resex Cazumbá-Iracema. Dentro das metas da Seaprof (Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar) está o fortalecimento dessa cadeia produtiva, com o envolvimento de 1,5 mil famílias em todo o Vale do Acre.

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A crise mundial, Evo Morales e o preço da castanha

Em relação à safra de 2008, que rendeu cerca de 1,8 milhão de latas, a safra deste ano será menor, com uma média de 1,5 milhão. O Acre domina 20% do mercado nacional da castanha. O peso de cada lata – medida usada para negociar a castanha entre compradores e extrativistas – varia. Em geral, pesa em média 10 quilos quando a amêndoa está enxuta.

A Cooperacre pagou este ano aos associados uma média de R$ 12 por lata de castanha. Fora das cooperativas, o valor é mais baixo – entre R$ 7 e R$ 8 cada lata. No ano passado a lata chegou a R$ 18. Este ano, nas previsões otimistas, deve chegar a R$ 15 por volta de junho ou julho, quando deve aparecer capital de giro no mercado.

Mas o preço da castanha, segundo explica o gestor responsável pelo produto na Seaprof, Edvaldo Pinheiro, está mais relacionado à gestão de Evo Morales à frente do governo boliviano do que à crise financeira que abala a economia dos mercados de todo o mundo.

“Este ano foi atípico porque o Evo Morales não financiou as empresas binacionais, ou seja, grande parte de empresas com capital estrangeiro na Bolívia não teve capital boliviano para investimento. Também ocorreram restrições para exportações bolivianas e o mercado europeu não está comprando da Bolívia”, explicou Pinheiro

Os europeus, grandes consumidores da amêndoa, também não compraram a produção do Pará por causa da aflatoxina e do episódio da devolução de contêineres em 2007. “Até então a castanha paraense não era vendida no Brasil. Isso fez com a que aumentassem a oferta de castanha no mercado interno e a concorrência por compradores no mercado brasileiro.”div.jpg

Cooperacre vende castanha para 12 Estados

Esta ano a Cooperacre está trabalhando com capital de giro de R$ 5 milhões para comprar a castanha do extrativista, processar e vender. Esse mesmo capital de giro impediu que a cooperativa sentisse os impactos da crise de forma mais direta.

“Trabalhando em parceria, conseguimos duplicar o capital de giro da cooperativa. No ano passado ela pegou R$ 1,5 milhão da Conab e R$ 300 mil do Banco do Brasil. Este ano foram R$ 1,5 milhão da Conab, R$ 3 milhões do Banco da Amazônia e R$ 500 mil do Banco do Brasil. É um recurso importante para que ela consiga trabalhar ao longo do ano, comprando e estocando a castanha até que ela seja revendida”, explicou o secretário da Seaprof, Nilton Cosson. 

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Cooperacre tem 120 funcionários. Fábrica de Brasileia vai operar em dois turnos

 

A cooperativa trabalha com 1,5 mil famílias associadas em todo o Vale do Acre, região de incidência da castanha, mas não deixa de comprar a amêndoa de outros extrativistas, chegando a beneficiar dois mil coletores.

“Este ano já compramos mais de 350 mil latas de castanha. Os armazéns, os nossos e os que o Governo construiu estão lotados e precisamos alugar outro depósito”, disse o presidente da Cooperacre. 

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Manoel José, num dos armazéns de castanha da Cooperacre, que comprou mais de 350 mil latas de amêndoas este ano

Barrinhas de cereais – A Nutrimental esteve no Acre para conhecer a cadeia produtiva da castanha no Estado. A empresa, famosa pelas barrinhas de cereais que produz, fechou contrato com a Cooperacre de 12 toneladas por mês de castanha beneficiada e paga R$ 14 no quilo da amêndoa. Esse é apenas um dos compradores que a cooperativa tem espalhados por 12 Estados brasileiros, dois deles com representação da cooperativa para facilitar as vendas no território nacional: Santa Catarina e Rio de Janeiro.

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Incidência da castanha no Acre

A castanheira não ocorre na região do Juruá, apenas no Vale do Acre. Uma das hipóteses para a ocorrência da castanha é que os índios ameríndios, que viveram na região no passado, tinham o hábito de se alimentar da castanha e transportavam as sementes. Eles viveram na região do Vale do Acre. O solo não tem influência sobre a não-incidência da castanheira no Juruá. O rio Purus atua como divisor na região de incidência da castanha, que ocorre apenas de um dos lados das margens. 

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No Acre ocorre entre uma e duas castanheiras por hectare. Cada árvore pode chegar a 70 metros de altura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No Acre ocorre de uma a duas castanheiras por hectare, uma característica da espécie no Estado. Na Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema já foram mapeadas quase 300 castanheiras. A produtividade de cada árvore varia de um ano para o outro. Nesta safra, uma única castanheira chegou a produzir mais de mil ouriços, enquanto outras produziram apenas 20. Os extrativistas conseguem aproveitar cerca de 50% da safra, segundo a Embrapa. Além das amêndoas doentes, há uma concorrência feroz dentro da mata pelas castanhas: a cotia.div.jpg

Cadeia fortalecida, lucro para todos

Entenda a lógica do fortalecimento da cadeia produtiva

O Governo tem um papel fundamental na cadeia da castanha, e o fortalecimento dessa cadeia produtiva faz parte das estratégias de preservação da floresta amazônica. “Fortalecendo a castanha e a borracha, dois dos produtos extrativistas mais importantes do Estado, nós protegemos a floresta, que passa a gerar lucro e se fazer necessária para a economia. Dessa forma, ela nunca será derrubada, essa é uma das metas da política de valorização do ativo ambiental, lançada no ano passado”, explica o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Nilton Cosson.

nilton_thumb.jpgToda a cadeia está lincada dentro de uma lógica de produção, que precisa ser seguida para que a castanha não seja afetada pela aflatoxina e o processo tenha sustentabilidade. “Precisamos trabalhar com as Boas Práticas de Produção, mas só isso não resolve. O Governo e as cooperativas então entram com o armazenamento de qualidade para garantir a execução das boas práticas, mas só armazenar também não basta. Então melhoramos as indústrias de beneficiamento”, esclarece Cosson, lembrando dos investimentos na área.

O Governo está reestruturando a fábrica de castanha de Brasileia, que vai ganhar novos equipamentos e ter a capacidade de produção dobrada. O município também ganhou, ao lado de Xapuri e Rio Branco, novos armazéns industriais para o armazenamento dos produtos. Além disso, foram construídos nove pontos de apoio ao longo de todo o Vale do Acre para dar suporte logístico ao armazenamento e evitar a incidência de aflatoxina.

“Mas só a indústria também não é suficiente dentro da cadeia produtiva, porque é necessário ter capital de giro, já que a castanha é um produto que tem uma safra de apenas dois meses por ano. Também é preciso vender, então as cooperativas precisam participar de incursões de negócios pelo Brasil para vender a produção. Aí, sim, completamos a cadeia”, completa o secretário.

O Governo é beneficiado com o fortalecimento da cadeia à medida que a castanha passa a ser beneficiada no Estado e não lá fora. Ganha também com a geração de impostos, de postos de trabalho e com a movimentação da economia, já que o extrativista, mais bem pago, terá mais recursos para gastar e participar da cadeia econômica.

Protetores da floresta – Zé da Coresma, Celestino e tantos outros extrativistas da Amazônia talvez não tenham essa consciência, mas carregam nas costas bem mais que sacos de castanha – eles dividem também a responsabilidade pela preservação da floresta à medida que sobrevivem dela, com os frutos que ela dá estando em pé e conservada.

 

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Extrativistas contribuem com a preservação da Amazônia, à medida que sobrevivem da floresta

 

 

Fonte de proteínas, lipídios, vitaminas e selênio

A castanha é uma importante fonte de proteínas, considerada alimento funcional, rico em lipídios, vitaminas e selênio, além de atuar como antioxidante (evita o envelhecimento precoce das células). Uma castanha-do-brasil tem a dose diária necessária de selênio para um adulto.

Da castanha também é produzido o azeite extravirgem de excelente qualidade, superior ao famoso azeite de oliva, pois tem capacidade para reduzir os níveis do colesterol ruim (LDL), além de possuir alguns ácidos graxos com potencial para combater o câncer, e os ácidos “ômega-3”, que fazem muito bem à saúde, segundo os médicos. Entre os produtos alimentícios que utilizam a castanha destaca-se a produção de bolos, doces, bombons, farinhas e principalmente das barrinhas de cereais.

A castanha é utilizada em vários produtos fabricados no Acre. A Doces Frutos da Amazônia também agrega valor à amêndoa e produz um bombom com chocolate, brigadeiro e doce de castanha – com receita criada pela doceira Jean Campos -, além de salames de cupuaçu com castanha, biscoito amanteigado com pedaços da amêndoa e a trufa, muito encomendada para eventos como casamentos e aniversário de quinze anos.

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Indústria acreana agrega valor à castanha com biscoitos, drageados e azeite extravirgem

Na Miragina, indústria fundada há mais de 40 anos, a castanha ganha valor agregado e vira biscoitos e rosquinhas, é salgada e fatiada para servir como aperitivo e embalada in natura a vácuo. Por safra, o grupo consome entre cinco e sete mil latas de castanha, que são beneficiadas em uma das suas indústrias, a Olean, para utilização como matéria-prima.

A indústria estuda uma embalagem adequada para colocar no mercado o azeite-de-castanha, muito apreciado na culinária. “A luz oxida o azeite e por isso estamos evitando embalagens transparentes”, explicou José Luiz Felício, um dos sócios do Grupo Miragina.

Uma novidade é o lançamento em breve no mercado de um produto que promete fazer sucesso no Brasil e no exterior: os drageados, castanhas banhadas em chocolate com alto valor agregado. O quilo deverá custar em torno de R$ 40.

O brasileiro ainda não conhece a castanha-do-brasil, afirma o gerente da Castanha no Estado, Edvaldo Pinheiro. “Ele está conhecendo esse produto agora e a amêndoa faz sucesso. Quem conhece sabe os benefícios que ela traz e que os médicos recomendam. O quilo da castanha chega a R$ 39 em Estados como a Bahia e São Paulo. Queremos agregar valor à castanha aqui para fortalecer ainda mais essa cadeia produtiva”, disse.

Este é o objetivo perseguido pelo Grupo Miragina: agregar valor à castanha, fortalecer-se no mercado nacional e ganhar mercados estrangeiros, como o francês.

 

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Empresário acredita no potencial econômico da castanha

 

Fungo da aflatoxina não está presente nas árvores

Um dos experimentos feitos pelos pesquisadores da Embrapa estudou o comportamento do fungo que produz a aflatoxina, buscando identificar se ele está presente na árvore ou infesta o ouriço no solo. “A pesquisa concluiu que o fungo não infecta a semente enquanto o fruto não cai e fica exposto por algum tempo no solo. Isso é importante porque, a partir daí, consegue-se fazer um planejamento do sistema de exploração para que esse fruto fique menos tempo no solo”, explicou Rivadalve.

 

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Pesquisador Rivadalve Coelho

 

A partir da pesquisa, foi identificada a necessidade de retirar os frutos da floresta o mais rápido possível. “Logo que a castanha é coletada é levada para um secador para que o processo de transmissão do fungo de uma semente para outra, se houver a infestação, seja interrompido. No sistema tradicional, os frutos são colhidos e amontoados embaixo das árvores, dentro da floresta, e ficam lá até que achem um bom comprador. É um ambiente propicio para contaminação”, disse Rivadalve.

 

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Castanha é colocada em secador logo após ser colhida

 

Independentemente da intensidade da contaminação das amêndoas, o armazenamento e transporte da castanha são considerados etapas críticas para o desenvolvimento da aflatoxina. A umidade e a temperatura devem ser rigorosamente controladas para inibir a produção das aflatoxinas nessa etapa.

A viabilidade da cadeia produtiva da castanha tem sido ameaçada pela dificuldade de adequação aos mercados importadores, principalmente o Europeu, que não tolera a presença da aflatoxina em nenhum nível ou etapa do processo produtivo.

No Brasil o nível de aflatoxina permitido são 30 ppb (pontos por bilhão); na Europa é zero e nos EUA, 20 ppb. Os europeus cancelaram as compras de castanha brasileira em razão do nível de contaminação pelo fungo.

Sobre as aflatoxinas

As aflatoxinas são metabólitos produzidos por fungos filamentosos (Aspergillus flavus/A. parasiticus) com elevado potencial cancerígeno – por isso o mercado europeu não admite a incidência da aflatoxina em nenhum nível. As aflatoxinas pertencem a um grupo de micotoxinas de grande incidência em alimentos em todo o mundo, tendo sido detectadas principalmente no milho, amendoim, trigo, nozes, leite, aveia e feijão.

A contaminação pode ocorrer tanto no campo quanto durante o transporte e o armazenamento. A temperatura e a umidade relativa são considerados os principais fatores ambientais que influenciam a produção das aflatoxinas.

O fungo que produz a aflatoxina permanece naturalmente na vegetação em decomposição e no solo. O contato do ouriço com o solo durante a queda e amontoa favorecem a contaminação das amêndoas. A prática de coleta dos frutos no chão aumenta a possibilidade de infecção por esses fungos.

O alto índice de contaminação por aflatoxina em lotes de castanha-do-brasil e o rigoroso controle dos países importadores em relação aos níveis de toxinas presentes nos alimentos fizeram com que a União Europeia decidisse, em 2003, pela devolução de lotes desse produto oriundo do Brasil. A União Europeia passou a exigir condições especiais para a compra do produto, entre elas o atendimento às Boas Práticas Extrativistas e à determinação dos teores de aflatoxinas por laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária.

Através de uma parceria viabilizada pela Seaprof com a Asbraer (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural), a Embrapa ofereceu cursos de Boas Práticas de Produção para os extrativistas do Estado e para 50 técnicos extensionistas. “Esperamos que um produto de melhor qualidade seja mais bem pago pelo comprador. A idéia é valorizar o produto para o produtor e oferecer um produto de melhor qualidade para o consumidor, seguindo a sustentabilidade da produção”, comentou o pesquisador da Embrapa.

 

 

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