Ações continuadas do governo contribuem para a diminuição da doença, que tem maior concentração no Juruá
Dados comparativos entre os meses de janeiro e fevereiro de 2010 e 2011 mostram uma redução de 22,3% nos casos de malária no Estado. Nos dois primeiros meses de 2010 foram contabilizados 7.186 casos, no mesmo período em 2011 esse número caiu para 5.584.
O Juruá concentra 92,4% dos casos, que este ano apresentaram um total de 5.162, dos quais 3.147 em Cruzeiro do Sul (redução de 27,8%), 1.331 em Mâncio Lima (redução de 1,1%) e 684 em Rodrigues Alves (redução de 12,1%). A redução total na região é de 20,6%.
Uma epidemia da malária aconteceu em 2006, com 93 mil casos confirmados. Em 2007, o governo conseguiu um controle mais efetivo e já apresenta uma redução anual de 48%.
Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, mesmo com a redução o Juruá ainda é considerado um local de alto risco, por isso uma superestrutura foi montada pelo governo do Estado. Foram disponibilizados 370 profissionais, entre agentes, microscopistas, motoristas e supervisores de campo (230 para Cruzeiro do Sul, 65 para Mâncio Lima e 75 para Rodrigues Alves). Aproximadamente 43 mil exames para diagnóstico foram feitos em cada mês de 2011 e 508 mil durante o ano de 2010.
Além disso, todas as ações de prevenção contribuem para essa queda. Continuam a chamada borrifação residual (nas residências), busca ativa de casos (os agentes vão às residências furar o dedo dos moradores para posterior exame), monitoramento do uso dos mosquiteiros impregnados com inseticida que não prejudicam a saúde humana e a entrega nas residências do medicamento para tratamento.
“Esses são os pilares das ações de combate em todo o Brasil e o resultado mostra o trabalho ostensivo do governo do Acre. A vigilância é constante e não pode parar. Os números mostram a capacidade operacional que temos de ação”, diz Izanelda Magalhães, gerente do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).