O boletim informativo da 13ª semana epidemiológica – de 24 a 30 de março – registrou redução nos casos de suspeita de dengue em Rio Branco, quando foram notificados 174 casos, menos do que foi verificado no mesmo período em 2012, onde o registro foi de 180 casos. Na comparação dos registros da 1ª a 13ª semana epidemiológica de 2013, onde os casos suspeitos são de 3.561, com o mesmo período de 2011, que apresentou 21.467, os resultados chegam a 83,4% de redução.
A redução é fruto da parceria entre o governo do Estado e a Prefeitura de Rio Branco que desenvolvem ações integradas para o controle e combate ao mosquito transmissor da doença. A integração foi um dos fatores diferenciais adotados na luta contra a dengue na capital.
Foram diversas as ações desenvolvidas pelos governos e a sociedade para eliminar o mosquito causador da doença e suas larvas e ainda estabelecer o corte na cadeia de transmissão como as campanhas “Guerra Contra a Dengue”, lançada em janeiro de 2011, e os seus diversos desdobramentos como “Dengue, a Guerra Continua”, “Dengue: A Guerra Não Pode Parar – Secretarias Unidas no Combate à Dengue.
Em janeiro 2013, o governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre deram continuidade à guerra contra a dengue, lançando a ação de inverno com o objetivo de manter a cidade limpa e reduzir o número de criadouros do mosquito da dengue, na qual já foram recolhidas mais de 19 mil toneladas de lixo e entulhos nos bairros de Rio Branco. Além disso, houve a contratação dos agentes da comunidade pelo governo do Estado, que todos os dias estão nos bairros sensibilizando a população e fazendo ações de educação em saúde.
Segundo a gerente da Divisão de Endemias e Vigilância em Saúde Ambiental, Thayna Holanda, os casos suspeitos apresentam redução desde a 8ª semana epidemiológica de 2013, em relação a mesma semana de 2012. Ela ressalta que 2012 foi um ano excepcional no combate à dengue no Acre. Em 2013, mesmo com o início das chuvas mais cedo que aumentou a população do mosquito e a introdução do vírus IV, que deixou a população 100% suscetível, os resultados do controle epidemiológicos foram excelentes, porque as ações de governo evitaram uma epidemia.
Holanda diz também que as medidas de combate e prevenção da doença não param. No início de fevereiro, o governo do Acre realizou a aquisição de 30 mil tampas para caixas d’água – de 500 e de 1.000 litros – para serem distribuídas nos bairros considerados prioritários. Mais de mil unidades já foram distribuídas
Unidades de saúde que notificam casos de dengue
As notificações dos casos de dengue começam dentro das unidades de saúde. Ter o número aproximado das ocorrências da doença contribui para dirigir as ações de controle, combate e destinar corretamente recursos humanos e materiais. As unidades hospitalares de urgência e emergência, como as Upas do Tucumã e do Segundo Distrito e o Huerb têm o serviço de Vigilância Epidemiológica com suporte para emitir as notificações.
Na Unidade Sentinela de Dengue (Centro de Saúde Barral y Barral) e nas quatro Unidades de Referência da Atenção Primária (URAPs) Eduardo Assmar (bairro Quinze), Roney Meirelles (Conjunto Adalberto Sena), Hidalgo de Lima (Palheiral) e São Francisco (São Francisco), o trabalho é realizado diariamente por profissionais de saúde do setor com o apoio de médicos e enfermeiros.
Ainda de acordo com Thayna, os agentes de controle de endemias estão realizando o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti – LIRAa, com o intuito de identificar a atual situação vetorial do município e os principais tipos de criadouros para o vetor. Os resultados irão subsidiar as ações de controle do vetor.
A secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, pede que a população não se descuide, mantendo as recomendações do governo e da prefeitura para prevenir-se da dengue. “Apesar da situação epidemiológica ser favorável, a população deve estar atenta à formação dos criadouros do vetor, pois ainda estamos em período chuvoso, umidade do ar, e temperaturas elevadas, condições ambientais propícias para a proliferação do vetor e disseminação da doença”, destacou Suely.
