Casos de conjuntivite aumentam; especialista esclarece sobre sintomas e cuidados

Mesmo não sendo grave, conjuntivite causa bastante incômodo (Foto: Júnior Aguiar)

Vermelhidão nos olhos, uma coceira dolorida e, de repente, lá está ela: a conjuntivite. O tempo quente e com pouca incidência de chuvas cria condições favoráveis para a disseminação da inflamação na membrana que reveste a parte frontal dos olhos e o interior das pálpebras. Apesar de não ser grave, a conjuntivite causa sintomas incômodos e que incapacitam a pessoa de realizar suas tarefas cotidianas.

Em Rio Branco, o aumento dos sintomas da doença tem sido notificado nas Unidades Básicas de Saúde, e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) da capital. Existem dois tipos de conjuntivite: a viral e a bacteriana, sendo a primeira a mais comum no período e a mais perigosa.

Para esclarecer o que é a doença, quais os sintomas e como preveni-la ou tratá-la, o clínico-geral Renan Nunes repassa informações importantes sobre os tipos mais comuns de conjuntivite.

De acordo com o médico, nos dois tipos de conjuntivite o aspecto da doença é bem parecido. O que ajuda a diferenciá-los são os sintomas. Na viral (a mais comum do período), além da vermelhidão e do inchaço, há a sensação de areia e um forte lacrimejamento. Leva até duas semanas para a recuperação, e o tratamento pode ser feito com compressas de água fria e colírios.

No tipo bacteriano, a secreção e o inchaço são mais intensos. A vermelhidão nos olhos é comum, mas sem lacrimejamento frequente. Dura, em média, uma semana e o tratamento é à base de colírios e antibióticos.

“Vale ressaltar que as duas são transmitidas pelo contato, ou seja, a pessoa infectada coça o olho e encosta em algum objeto de uso compartilhado. Outra pessoa que encostar na superfície contaminada e levar a mão aos olhos estará sujeita a se contaminar. Por isso, é necessário manter sempre o hábito de lavar as mãos”, esclarece Nunes.

Apesar de a doença não configurar risco, ela pode se transformar em um grave problema, caso seja tratada de forma inadequada. “É comum que muitas pessoas com o quadro de sintomas não busquem atendimento profissional para constatar o diagnóstico e as formas de tratamento. Com isso acabam se automedicando, ou pior, usando aquelas receitinhas caseiras indicadas por terceiros. Isso é muito perigoso e grave. A aplicação de um medicamento errado, por exemplo, pode causar até a perda de visão. Por isso, é importante buscar atendimento médico”, explica.

Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da conjuntivite. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o tipo de conjuntivite.

 

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