Casa da Leitura Chico Mendes realiza Bazar Chá para as mães

Programação abriu o projeto O Leitor em Minha Casa com a apresentação de um sarau com poesias e canções recitadas pelas crianças e jovens frequentadores do espaço

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A Casa da Leitura Chico Mendes realizou no último fim de semana o Bazar Chá, em comemoração ao Dia das Mães (Foto: Val Fernandes)

Espaço do acolhimento e das trocas de saberes, a Casa da Leitura Chico Mendes realizou no último fim de semana o Bazar Chá, em comemoração ao Dia das Mães, com a participação das mães e crianças da comunidade do bairro.

A programação contou com apresentação de um sarau com poesias e canções recitadas pelas crianças e jovens frequentadores do espaço. Criada em 2005, a Casa da Leitura Chico Mendes é coordenada pela Fundação de Cultura Elias Mansour, do governo do Estado.

A atividade serviu também para iniciar o projeto O Leitor em Minha Casa. Maria Antônia, coordenadora do espaço, falou sobre a importância dessa ação na formação de jovens leitores. “Pedimos à comunidade que abra suas portas para receber os agentes de leitura com a literatura que iremos levar em cada residência do bairro. Com isso, estaremos aproximando a comunidade da Casa da Leitura”, explicou.

O projeto O Leitor em Minha Casa surgiu em 2006 e, segundo a coordenadora, proporcionou o aumento do número de frequentadores do espaço. “A Casa de Leitura realiza com isso o seu papel, que é o de promover e incentivar as práticas leitoras com crianças do bairro Chico Mendes, com o propósito de tirá-las do ócio para transformá-las em leitoras assíduas”, diz.

O trabalho de trazê-las para a leitura foi algo que teve de ser estimulado no seio da família, para que houvesse um entendimento amplo de como o hábito de ler seria importante no futuro dessas crianças.

Leitura como instrumento para o exercício pleno da cidadania

Sentada à sombra das mangueiras, a plateia assistiu à apresentação das crianças e jovens do sarau do espaço de leitura. Poesias como Mamãezinha, de Henriqueta Lisboa, Mamãezinha, de Pedro Bandeira, Mamãe Livro, de Maria de Nazaré Morais, Mãe de Francis Mary, Lamento da Mãe Órfã de Cecília Meireles entre outras, embaladas por canções populares como Se essa rua fosse minha, Mãezinha Querida de Agnaldo Timóteo e Eu sei que vou te amar de Tom Jobim e Vinícius de Moraes rechearam a programação.

O sarau foi acompanhado ao violão pelos agentes de leitura que trabalham no espaço. Entre eles, estava o jovem Charrystone Mendes Lima, 16 anos. Freqüentador da casa desde os nove anos, onde ele diz ter descoberto sua paixão pela leitura com os livros infantis do rico acervo. “Era apenas como diversão, a partir do momento que fui crescendo fui vendo o tanto que os livros significavam, até para experiência de vida e outras coisas que a gente precisa. Nada do que a gente faz quando está na maioridade, se não souber ler, se informar, acaba sendo enganado por falta de leitura. Cada vez que leio, fico mais inteligente, aprendo mais e passo informações para outras pessoas e as deixo mais ativa”.

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