Carne acreana tem qualidade e sanidade

Responsável por 59% do produto interno bruto (PIB) do Estado, a pecuária gera emprego e renda para muitos acreanos. Mas o setor teme os efeitos da operação Carne Fraca realizada pela Polícia Federal (PF), mesmo não havendo nenhuma empresa acreana na investigação.

Em reunião com empresários do ramo, o governador Tião Viana assumiu o papel de liderança entre os pecuaristas com os bancos públicos, para que eles consigam enfrentar essa crise.

O governo está próximo dos produtores mantendo o diálogo e estabelecendo estratégias socioeconômicas para que não haja mais consequência negativas.

“Nós temos a melhor carne do mundo, ela é cuidada com todo rigor sanitário internacional e é fundamental para vida econômica do país. Enquanto outros setores afundaram em crise, a economia rural resistiu bravamente”, destacou Tião Viana.

O Acre produz a melhor carne bovina do mercado brasileiro, conhecido como “boi verde”, pois o gado é criado a pasto e suplementação exclusiva com alimentos de origem vegetal. Com rebanho aproximadamente de 3 milhões de cabeças, a pecuária valoriza outras cadeias produtivas, como a do milho que emprega milhares de acreanos.

Em 2016, 98,87% do rebanho do estado foi vacinado contra febre aftosa.

Ano passado, começou a operar no estado o primeiro frigorífico de desossa de carne bovina. A Frigonosso é capaz de processar de 40 a 50 toneladas de carne, gerando até 150 empregos diretos.

“Não é justo que um setor importante como esse, pague um preço tão alto” destaca José Carlos Reis, Secretário de Agricultura e Pecuária.

Acre é zona livre de Febre Aftosa

O governo não tem medido esforços no fortalecimento do setor produtivo. O estado é reconhecido há 11 anos pela Organização Mundial de Saúde Animal como zona livre de Febre Aftosa.

Em 2016, as campanhas de vacinação contra a doença obtiveram números expressivos. Foram dois recordes alcançados. Em maio, quando foram imunizados os bovinos com até 24 meses de idade, o índice de cobertura vacinal foi de 99,12%. Já na campanha realizada em novembro, ocasião em que todo o rebanho é vacinado, o alcance foi de 98,87%.

“A expectativa é, no mínimo, de manter o que fizemos no ano passado, quando conseguimos muitos avanços. Com as nossas equipes coesas, a tendência é fazermos um trabalho cada vez melhor pela defesa agropecuária do nosso estado”, destaca Ronaldo Queiróz, diretor-presidente do Idaf.