Candidatos participam de concurso da Polícia Civil do Acre e movimentam a capital

Uma nova movimentação de concurseiros pelas ruas e espaços públicos de Rio Branco, agitou o primeiro domingo, 7, de maio. Mais de 13 mil candidatos se prepararam para fazer as provas do concurso da Polícia Civil do Acre.

O certame oferece 176 vagas para o cargo de Agente de Polícia Civil, 20 para Auxiliar de Necropsia, 18 vagas para Delegado de Polícia Civil e 36 para Escrivão de Polícia Civil, totalizando 250 vagas.

Mais de 13 mil candidatos se inscreveram para participar das provas do concurso da Polícia Civil do Acre (Foto: Angela Peres/Secom)

A abertura dos portões para a realização da prova objetiva foi às 6h30 e o início da aplicação do exame, às 7h50. A duração do certame foi de cinco horas.

A candidata Geisy Souza, chegou cedo ao local de sua prova, o colégio Barão do Rio Branco. Sentou em um banco da praça e aproveitou o tempo que tinha para revisar os conteúdos, antes de seguir para a sua sala.

“Como o concurso exige uma graduação de ensino superior, terá um grau de dificuldade maior. Por isso aproveito qualquer tempo que tenho para estudar e estou nesta expectativa de conseguir este contrato efetivo”, comenta Souza.

Geisy chegou cedo e aproveitou o tempo para revisar os conteúdos no banco da praça (Foto: Angela Peres/Secom)

No período da tarde as provas discursivas e de títulos tiveram portões abertos às 13h50 e início das provas às 15h10, tendo duração de três horas.

Natasha Carvalho, postulante ao cargo de agente de polícia relata como foi a primeira etapa do certame. “O nível de dificuldade foi razoável. Quem teve a oportunidade de se dedicar e estudar pra valer terá uma boa pontuação”, declara Carvalho.

Concurseiros de outros estados

Além da capital, as cidades de Brasileia, Sena Madureira, Tarauacá e Cruzeiro do Sul também aplicaram as provas. No entanto, o concurso chamou a atenção de candidatos de outras unidades federativas do país, que vieram ao estado, participar dos exames.

O capixaba Alexandre Ramos e o paranaense Wiliam Arantes são amigos, se declaram “caçadores de concursos ” e se conheceram em uma prova no estado de Pernambuco. Para eles, a decisão de vir ao Acre está condicionada aos avanços conquistados na área de Segurança Pública e a valorização do governo em prol da categoria.

O policial Alexandre Ramos e o advogado Wiliam Arantes vieram ao Acre tentar uma vaga de delegado (Foto: Angela Peres/Secom)

“Tenho uma ótima expectativa para assumir uma vaga de delegado, pois observei que no próprio edital, fica claro que a gestão estadual contratará outros agentes técnicos, demostrando que está reestruturando a Polícia Civil”, relata Ramos.

“Sabemos que o governo daqui aprovou o plano de cargos, carreira e remuneração da categoria, fato que em outros estados, que são tecnicamente maiores, a atividade policial não é valorizada. E isso é um detalhe importante quando se toma uma decisão de viajar e fazer um concurso em outra cidade”, destaca Arantes.

Movimentação na economia

Outro aspecto que ficou em evidência, neste período de provas, foi o aquecimento da prestação de serviços feitos pelos setores de transporte, alimentação e hospedaria. O recepcionista de uma rede de hotéis da cidade, Gean Silva afirma que em períodos como esses, a procura por vagas, aumenta consideravelmente.

“Nestas datas detectamos um aumento de 80% no fluxo de hospedagem, que também impacta no volume de outros atividades que oferecemos”, informa Silva.

Já o taxista Domingos Gomes comemora a ampliação de sua renda nos últimos dias. “Acordei cedo e fiz bastante corridas em todos os horários, e como compensa destes trabalhos, obtive um ganho de 50% no arrecadamento do dia”, finaliza.

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