Em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado mundialmente nesta quinta-feira, 1° de dezembro, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), em parceria com o Movimento Social, realizou uma caminhada em comemoração à data e à semana de Conscientização de Luta Contra a Aids.
Com início na Praça da Revolução, e término em frente ao Palácio Rio Branco, a caminhada contou com a participação de alunos de escolas da rede estadual e municipal.
Após o percurso, foram ofertados, além do material educativo, preservativo, gel e testes rápido de HIV/Aids. Durante o ato, foram soltos balões, representando o número de pessoas que morreram em decorrência da Aids no Acre.
De acordo com o coordenador do programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs/Aids) da Sesacre, Nelson Guedes, é importante ressaltar a luta contra a Aids.
“Estamos fazendo a campanha na capital e interior, a coordenação estadual junto com a secretaria de saúde enviou material informativo e 66 mil teste de HIV, hepatite e sífilis, para os municípios onde também estão sendo realizadas ações pontuais durante toda a semana”, destaca o coordenador.
O coordenador do Fórum de Saúde do Acre, Álvaro Mendes, explica: “A luta hoje se comemora no mundo inteiro e, principalmente, neste ano que é voltada aos jovens e adolescentes devido ao aumento no índice de contaminação entre essa faixa etária. Então essa caminhada de conscientização é justamente para que as pessoas tenha consciência que é preciso se prevenir”.
A estudante Glenda Furtado, 16, conta que já sabia da existência da Aids, mas não tinha conhecimento da gravidade da doença. “Considero muito importante conscientizar a população e principalmente os jovens que, por não terem maturidade e esclarecimento sobre a doença, se tornam um grupo mais suscetível a contrair a doença”, conclui a estudante.
Atualmente, existe no Brasil uma estimativa de 115 mil pessoas vivendo com o HIV sem saber. No Acre, há 921 casos de Aids confirmados. Sendo a maioria homens.
Preconceito
“O que mais mata com relação às pessoas que vivem com a Aids não é a doença em si, mas sim o preconceito que têm diante delas. Os portadores do vírus são seres humanos iguais as outras pessoas e merecem todo o respeito”, destaca Álvaro Mendes.
Nelson Guedes esclarece o preconceito sobre a transfusão de sangue, e explica que quando uma pessoa recebe uma bolsa de sangue do hemocentro ela está totalmente testada e certificada para ser entregue ao receptor.
“A partir da criação do banco de sangue foi possível fazer a análise do sangue antes de ser enviado para a transfusão. O sangue passa por um processo onde ele é testado diversas vezes para depois ser liberado, não existindo o risco de contaminação por transfusão, quem vai receber a bolsa de sangue será com segurança”, ressalta Guedes.
Prevenção e Tratamento
Guedes enfatiza que hoje em dia dá para se viver com Aids, mas o melhor mesmo é a prevenção por meio do uso de preservativo, do não compartilhamento de agulhas e seringas e usar sempre material pessoal de manicure, prevenindo assim a transmissão do vírus HIV, Hepatites e outras DSTs.
São ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento e a assistência as pessoas que são diagnosticadas com a doença, que passam a receber medicamentos e acompanhamento por profissionais da rede pública de saúde.