Referindo-se às recentes negociações entre o Acre com os países asiáticos o governador Gladson Cameli fez o seu pronunciamento para o Parlamento Amazônico, no plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quinta, 31, em Rio Branco. A XIII Reunião Ampliada do Colegiado de Deputados do Parlamento Amazônico, conta com parlamentares dos nove estados da Amazônia Legal.
“O Acre está a mil quilômetros do Pacífico e poderá ser a porta dos investimentos para todos os estados da Amazônia. Só somos lembrados quando se fala de meio ambiente. E não sou a favor do desmatamento. Mas precisamos gerar empregos através do aquecimento das nossas relações comerciais com os mercados andinos e asiáticos. Para isso precisamos estar unidos. Muito discurso e pouca ação não resolve”, refletiu o governador.
Gladson Cameli também referiu-se à aviação civil, tema principal do encontro.
“Tenho feito todo o esforço para melhorar a nossa malha aérea. Já diminui os impostos sobre os combustíveis da aviação para ampliarmos as ofertas de voos. Mas continuamos com problemas, sobretudo, no que se refere a integração regional amazônica. Não é possível ter que viajar à Brasília para chegar em Porto Velho (RO) que está aqui do lado. Precisamos nos unir e envolver as bancadas federais para resolvermos essa situação”, sugeriu Cameli.
Regularização de aeroportos
Por outro lado, o presidente da Aleac, Nicolau Júnior, deu as boas-vindas aos deputados visitantes. E ressaltou a importância da regularização dos aeroportos da Amazônia.
“Esse é um anseio de toda a nossa população da região. O transporte aéreo é fundamental para o desenvolvimento social e econômica da Amazônia e tenho certeza que a nossa reunião apontará caminhos para as soluções”, afirmou Nicolau.
A Amazônia pertence à sua gente
O deputado estadual do Amazonas, Sinésio Campos, presidente do Parlamento Amazônico, também pronunciou-se na abertura do evento.
“Temos 250 deputados estaduais que representam a Amazônia, próximos das demandas do povo. Antes de alguém falar sobre a Amazônia nós é que temos que falar. Mais de 28 milhões vivem aqui e temos 61% do território nacional. Temos que preservar a nossa sociedade e abrir possibilidades de renda à nossa população. Queremos ser ouvidos através de um diálogo constante com o Congresso Nacional e o governo federal”, salientou Sinésio.
Major Rocha ressaltou que Brasil é um verdadeiro continente
“Muitas decisões são tomadas sem o conhecimento da população da nossa região. Nos impuseram restrições ao longo da história. Muitas ainda não retiradas. Nós já provamos que sabemos preservar o que é nosso. Mas temos que explorar com base científica através das decisões da nossa gente. Queremos emprego e qualidade de vida para o nosso povo,” destacou o vice.