Café, uma aposta que está dando certo

 Influenciado pelos filhos, Célio resolveu investir no plantio de café (Foto: Angela Peres/Secom)

Influenciado pelos filhos, Célio resolveu investir no plantio de café (Foto: Angela Peres/Secom)

O governo do Estado está consolidando os investimentos destinados à criação dos pequenos negócios, contemplando tanto a zona urbana quanto a rural. Prova disso são os produtores de café em todo o Acre, pessoas que estão mudando de vida com os incentivos das políticas públicas de incremento à produção agrícola.

Feijó

Nascido em Feijó, seu José Célio Mesquita mora há mais de 20 anos em uma propriedade rural. Influenciado pelos filhos, criados no interior de São Paulo, resolveu investir no plantio de café. Em 2013 Célio, como é mais conhecido, colheu 30 toneladas de café  nos 28 hectares plantados com a espécie Conilon.

Acostumados a produzir arroz, feijão, milho e mandioca, na maioria das vezes para a própria subsistência, Célio foi chamado de louco pelos vizinhos quando resolveu investir no cultivo de café. “Quando eu comecei a plantar café, ninguém acreditou que pudesse dar certo. Os vizinhos perguntavam se eu estava ficando louco, por resolver investir numa cultura desconhecida na região. Mas eu insisti e está dando certo”, disse.

“Ganhar dinheiro produzindo café é uma grande conquista do produtor acreano”, disse Antonio José (Foto: Angela Peres/Secom)

“Ganhar dinheiro produzindo café é uma grande conquista do produtor acreano”, disse Antonio José (Foto: Angela Peres/Secom)

Quando perceberam que Célio estava tendo lucro com o plantio de café, os vizinhos começaram a se aproximar e enfim perceberam que também podiam mudar de vida. Hoje, são 31 produtores reunidos em uma cooperativa, em processo de criação, motivados pelo sucesso do produtor. Eles têm conseguido aumentar a renda familiar com a produção e venda do café. “Essa é uma grande conquista do produtor acreano”, disse Antônio José, agricultor há 14 anos e representante da cooperativa.

{xtypo_quote_right}O Acre tem um solo muito fértil e muito fácil de plantar. Estou acostumado com o plantio do café desde criança. Ele tem aumentado minha renda e mudado a minha vida,  produtor Roberto Soares{/xtypo_quote_right}

Para a próxima safra, os produtores esperam colher aproximadamente 90 toneladas do produto. Com a assistência técnica oferecida pela SEPN os produtores aprenderam a maneira correta de fazer a poda das árvores, aumentando de maneira considerável a quantidade de frutos por cada árvore. A colheita deve ser realizada, em todas as propriedades, em um esquema de rodízio montado pelos próprios produtores.

Célio já planeja aumentar a produção, por isso resolveu construir um mudário com capacidade para 50 mil mudas de café. Uma área de 35 hectares já está sendo preparada para receber esse incremento na produção. Além disso, os produtores devem iniciar um curso oferecido pela secretaria, através do programa de incentivo à meliponicultura.  Uma das etapas do curso ensina a forma correta de fazer a processo de polinização, que  pode aumentar em 30% a produção.

Manoel Urbano

“O governo viu o nosso potencial e a gente só tem a agradecer”, disse Edmar Alves (Foto: Angela Peres/Secom)

“O governo viu o nosso potencial e a gente só tem a agradecer”, disse Edmar Alves (Foto: Angela Peres/Secom)

Em Manoel Urbano, as 18 famílias responsáveis pela produção de café no município já realizaram a colheita, um total de 650 sacas. Recentemente, o governo do Estado, por meio da SEPN e em parceria com a Embrapa, entregou um secador e descascador. Com a aquisição do maquinário, os produtores tiveram um aumento significativo na renda, se comparada com o ano passado. Hoje, cada saca é vendida para uma fábrica em Rio Branco por R$ 210.

Edmar Alves, mora há mais de 10 anos no ramal São João. Acostumado a plantar somente para subsistência, viu na cafeicultura uma nova oportunidade. “Hoje a gente vende a produção direto para a fábrica em Rio Branco. É uma ótima oportunidade pra aumentar nossa renda, é só  plantar, colher e vender”, disse Edmar.

A colheita de 2013 atendeu todas as expectativas, a produção em Manoel Urbano dobrou. Com esse apoio do governo a produção deve continuar crescendo, é cada vez maior o número de produtores interessados em plantar café. Pensando nisso, o governo do Estado construiu um mudário dentro do complexo do Viveiro da Floresta, com capacidade para produzir 400 mil mudas, que serão distribuídas em todo o estado.

Nós temos uma nova classe média rural, disse o secretário José Carlos Reis (Foto: Arquivo Secom)

“Nós temos uma nova classe média rural”, disse o secretário José Carlos Reis (Foto: Arquivo Secom)

Roberto Soares é um dos agricultores que agora resolveu investir no café. Ele traz a experiência da época em que morava na região Sul do país, famosa pela expressiva produção do grão. “O Acre tem um solo muito fértil e muito fácil de plantar. Estou acostumado com o plantio do café desde criança. Ele tem aumentado minha renda e mudado a minha vida”, afirmou.

Além de Manoel Urbano e Feijó, existem plantios de café em Brasileia, Xapuri e Acrelândia. Os avanços nas áreas de produção configuram o surgimento de uma nova classe média rural, destaca o secretário de Pequenos Negócios, José Carlos Reis. “A agricultura familiar tem trazido frutos positivos para a nossa economia, e o melhor é que os pequenos produtores estão sabendo aproveitar a mão amiga que o governo está estendendo para aumentar a renda e oferecer melhores condições de vida às suas famílias”, declarou.

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