O trabalho intenso da força-tarefa na última semana, atingiu sua meta de regularização dos haitianos que ingressaram no Brasil, pelo Acre. Até a última sexta-feira, 1.189 Carteiras de Trabalho (CT) foram emitidas para haitianos. Para obter a CT, os estrangeiros precisaram antes receber o protocolo de entrada e fazer a inscrição do CPF.
Agora que conseguiram se legalizar e estão em um abrigo com melhores condições, o grande anseio dos refugiados é encontrar um emprego. A Central é uma parceira do Ministério do Trabalho e Emprego, através do Sistema Nacional de Emprego (Sine), com o governo do Acre e a prefeitura de Brasileia. A Central abrirá as 14 horas deste domingo, 21, e funcionará no Parque Centenário.
O local será um posto formal de recrutamento, seleção e direcionamento ao emprego e fica a 300 metros do abrigo, visando concentrar todas as propostas de emprego, de recrutadores e promover a seleção a partir dos critérios e cadastro do Sine. O posto funcionará com três funcionários do Sine de Rio Branco, mais um servidor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e três funcionários da prefeitura.
Dentre os 1.189 haitianos que receberam carteiras de trabalho, há 16 com curso superior, sendo seis profissionais de Enfermagem, cinco de Jornalismo, um de Química, dois de Bioquímica, um de Medicina e um de Hotelaria. A maioria (46%) dos haitianos são da área da construção civil. Há também agricultores (7%), mecânicos (6%) e técnicos de informática (3%).
Estão sendo cadastrados no Sine os haitianos aptos ao trabalho. Até o final da sexta-feira, 19, foram cadastrados 650. A expectativa é de até o final da próxima semana estarem todos cadastrados. Até então, Brasiléia não possuía posto credenciado do Sine, e a Central de Empregos será um legado que a força-tarefa deixará no município.