Para evitar conflitos entre causados pelo deslocamento de pescadores brasileiros para o lado peruano da bacia do rio Acre durante o período de defeso, representantes de pescadores, ONGs e governos dos dois países reúnem-se dias 30 e 31 em Iñpari, no Peru, em busca de soluções.
Cerca de 30 representantes de pescadores, órgãos governamentais ambientais e de ONGs do Brasil e do Peru reúnem-se em Iñapari, no Peru,dias 30 e 31 de outubro para traçar um diagnóstico da bacia transfronteiriça do rio Acre, para identificar problemas e soluções para os possíveis conflitos causados pela atuação de pescadores brasileiros no lado peruano da bacia, na época do "Defeso" no lado brasileiro.
A reunião está sendo liderada pelo Movimento Madre de Diós, Acre e Pando (MAP), que busca acordos de gestão transfronteiriça da bacia, que busca, entre outros objetivos, estabelecer acordos de pesca, nos moldes daqueles que vêm sendo assinados no Brasil, guardadas, evidentemente, as peculiaridades de uma bacia que engloba a Bolívia, o Brasil e o Peru. O MAP é apoiado pelo WWF-Brasil, dentro de suas ações de gestão de bacias hidrográficas e governança da água.
Experiências anteriores — Atualmente, estão em vigor – e reconhecidos pelo Ibama – seis acordos de pesca, envolvendo 24 comunidades formadas por 176 famílias que habitam as margens dos rios Purus e Yaco. As áreas regulamentadas são os lagos Santo Antônio, Bela Vista e Novo no município de Manuel Urbano, e os lagos Mariomba, Bom Jesus e São João, no município de Sena Madureira, no Acre.
Na região a ser diagnosticada, o peixe é uma importante fonte de proteína para as populações ribeirinhas, além de gerar renda para a população. Os acordos de pesca representam uma forma de fortalecimento das organizações locais, por meio do uso sustentável dos recursos pesqueiros.