A partir desta semana, os caminhões que transportam produtos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, através da BR-364, terão novo limite de peso, que varia entre seis e 12 toneladas de carga.
Foi cancelada a restrição de sete toneladas de peso bruto total, que vigorou durante o inverno para que a rodovia fosse preservada em seus trechos com pavimentos provisórios e garantisse a trafegabilidade durante o período de chuvas.
Com os primeiros sinais do verão, a estrada volta ao ritmo intenso de obras e o limite foi ampliado. Segundo o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Marcus Alexandre, mesmo com a restrição de carga, os pesos permitidos este ano são superiores aos que eram permitidos nos verões anteriores, graças ao avanço da obra.
A BR-364 nunca esteve tão perto de ser concluída e sua inauguração está marcada para este ano. Até lá, os transportadores terão que observar o limite de carga no trecho entre Manuel Urbano e Feijó, que recebeu um tratamento provisório para garantir o tráfego no inverno e ainda é a parte da obra que exige maior atenção. Marcus Alexandre ressalta que para os demais trechos da estrada os limites de peso seguem o estabelecido pelas leis nacionais.
“Vale lembrar que, mesmo com essa restrição, que chega a 12 toneladas de peso líquido para caminhões de três eixos, ainda é um volume maior que o permitido em todos os outros verões”, acrescentou.
O governador Tião Viana explicou que a única exceção é aberta para os caminhões que transportam combustíveis, por uma questão de segurança, que os obriga a trafegar sempre com a carga máxima. “Eu peço a compreensão da sociedade, da Associação Comercial e dos transportadores. Nunca estivemos tão perto, mas precisamos fazer esse sacrifício para garantir que a BR-364 possa ser concluída ainda este ano. Não podemos sacrificar a estrada”, disse.
As obras começam mais cedo este ano. Em geral, o período em que as máquinas conseguiam trabalhar era a partir de junho. Todos os insumos necessários já estão ao longo da rodovia para serem trabalhados. Serão investidos R$ 132 milhões.
Quem não obedecer aos limites de carga não vai seguir viagem. Ao longo da estrada existem vários postos de fiscalização e balanças.
O presidente da Associação Comercial do Alto Juruá, Marcos Vinicius Alencar de Souza, disse que a medida melhora o transporte para os comerciantes e que o maior limite de carga vai baixar o preço do frete, que será refletido no valor final para o consumidor.
Confira os limites permitidos:
Caminhões ¾ – 6 toneladas de carga
Caminhões dois eixos – 8 toneladas
Caminhões três eixos – 12 toneladas