Bombeiros entregam sacolões no Taquari

Do andar de cima de sua casa, José Eumar pediu ajuda e foi atendido: “Só tenho a agradecer” (Angela Peres/Secom)

Do andar de cima de sua casa, José Eumar pediu ajuda e foi atendido: “Só tenho a agradecer” (Angela Peres/Secom)

Na tarde desta terça-feira, 21, oficiais do Corpo de Bombeiros levaram cestas básicas e galões de água mineral a moradores do bairro Taquari que estão ilhados e resistem em sair de suas casas.

O Taquari é, tradicionalmente, uma das regiões mais afetadas pela enchente do Rio Acre em Rio Branco. Em muitas ruas, o nível da água já atingiu o telhado das casas, mas nas edificações mais elevadas ainda há muita gente que rejeita a ideia de deixar seu imóvel, principalmente devido ao temor de que a residência seja saqueada.

Bombeiros enfrentam a chuva e as águas do rio para entregar sacolões e água potável aos moradores (Angela Peres/Secom)
Bombeiros enfrentam a chuva e as águas do rio para entregar sacolões e água potável aos moradores (Angela Peres/Secom)

Bombeiros enfrentam a chuva e as águas do rio para entregar sacolões e água potável aos moradores (Angela Peres/Secom)

José Eumar Albuquerque Filomeno mora na Rua do Passeio. Como sua casa tem dois pavimentos, recolheu-se, com mulher e filhos, para o andar superior e ainda hospeda duas famílias de parentes. Esta manhã, quando contava com apenas um pacote de arroz para alimentar todos, enxergou, da sua varanda, o governador Tião Viana percorrendo a área de barco. Não se fez de rogado: sinalizou e pediu ajuda na hora. O governador prometeu socorro e enviou no mesmo dia. Durante a tarde, a família comemorou a chegada dos alimentos e água. ”Só tenho a agradecer”, diz José Eumar.

Debaixo de chuva, os bombeiros fizeram a entrega dos sacolões a pessoas que não se intimidaram de entrar mais de uma vez na fila. Mesmo percebendo os expedientes que acabam por prejudicar outros moradores da comunidade, o que se destaca no trabalho desses militares é a gentileza e educação que dispensam a todos. A abordagem pacífica costuma resolver os impasses. “Aqui a gente não perde o bom-humor”, diz o Major Messias.

Desde o ano de 1988 trabalhando em enchentes, o Major Batista, que já esteve em diversos estados alagadiços, afirma que o Acre é, hoje, o mais preparado do Brasil em operações de enchentes. E ressalta um fator que contribui fundamentalmente para esse quadro: “O acreano, sobretudo os servidores públicos, dedicam-se de corpo e alma à causa. Lá fora não é assim”.

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