Bolsa Ambiente vai ajudar na preservação e recuperação do rio Acre

Com o auxílio, cada família vai receber R$ 1,2 mil para desenvolver atividade de trabalho vinculada à preservação

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Tião Viana lembrou que o governo do Estado já vem desenvolvendo atividades de recuperação de outros mananciais como o rio Iquiri (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A Bolsa Ambiente, instrumento lançado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff em pacote de ações de combate à miséria, deve contribuir para a preservação e recuperação do rio Acre. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, pelo governador Tião Viana em comemoração à Semana do Meio ambiente, que teve início neste domingo, 5. Viana falou ainda da política ambiental que vem desenvolvendo e que norteiam o seu mandato, o quarto exercido pela Frente Popular do Acre.

De acordo com o governador, o rio Acre tem 60 mil hectares em suas margens em estado avançado de degradação. Com a bolsa, cada família deverá receber R$ 1,2 mil para desenvolver atividade de trabalho vinculada à preservação do meio ambiente. “Isso coincide com o projeto que já desenvolvemos que prevê o cuidado e recuperação das margens do rio Acre”, disso o governador. Ele afirmou que será feito um cadastramento das famílias ribeirinhas que estão nas áreas degradadas para que possam ser beneficiadas com a Bolsa Ambiente e possam desenvolver as atividades de preservação.

{xtypo_quote_right}Essas famílias não vão deixar poluir, vão limpar e vão reflorestar e vão receber recursos da bolsa para desenvolver essa atividade.{/xtypo_quote_right}Tião Viana lembrou que o governo do Estado já vem desenvolvendo atividades de recuperação de outros mananciais como o rio Iquiri. Em maio, o governo do Estado lançou o Projeto Iquiri Vivo, que tem como objetivo a conservação e restauração das nascentes da bacia do rio Iquiri, através da mobilização e participação de produtores rurais, pecuaristas, pescadores e comunidade. A ação faz parte do Programa Estadual de Conservação e Preservação de Nascentes e Matas Ciliares, indicado como uma das ações do Plano Estadual de Recursos Hídricos.

“Esse trabalho não nasceu agora. Ele está vinculado a um modelo de desenvolvimento sustentável de economia florestal que vem sendo executado há pelo menos doze anos, fora os outros anos de lutas e conquistas que essa geração desenvolveu”, afirmou Tião Viana. Viana citou, ainda, o Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) e o Etnozoneamento como outros bons resultados das políticas ambientais desenvolvidas nesse período.

O governo do Estado também avança no programa de florestas plantadas que desencadeia o plantio de espécies nativas para fazer o reflorestamento de áreas degradadas. Esse projeto prevê o plantio de 10 mil hectares de seringueiras e outras 15 mil hectares de variadas espécies nos próximos quatro anos. “As seringueiras serão plantações permanentes, mas os outros 15 mil hectares serão utilizados para manejo sustentável, aumentando a capacidade madeireira do Acre”.

Outro programa importante lembrado por Tião Viana refere-se ao que visa o desenvolvimento da cadeia produtiva do pescado. O governo está incentivando a atividade de piscicultura, com a construção de tanques nas propriedades rurais e criando uma infraestrutura para a justa comercialização da produção. A atividade de piscicultura deve reduzir a pressão sobre a floresta, haja vista que ela não necessita de grandes áreas de terra, como a pecuária e a agricultura. A piscicultura também deve contribuir para recuperação de mananciais, já que forma grandes reservatórios de água.

{xtypo_quote}Ajudamos a preservar o meio ambiente e estamos garantindo uma receita econômica muito distinta que venha substituir as atividades tradicionais como a pecuária extensiva pela piscicultura, que usa uma área muito menor.{/xtypo_quote}

Versão didática do ZEE e jogos ambientais chegam às escolas

O secretário de Meio Ambiente, Edegard di Deus aproveitou para anunciar que o governo do Estado preparou uma versão didática do Zoneamento Ecológico e Econômico para distribuir nas escolas e bibliotecas públicas. Anexo ao documento, também está sendo entregue um mapa atualizado do Estado do Acre.

“Todas as escolas vão ter esse documento, que traz informações sobre os recursos naturais, sobre a sócio-economia e sobre a cultura, que é a base do nosso zoneamento. Ele traduziu o documento técnico para uma versão didática e acessível a todos”, disse o secretário.

As escolas também devem receber kits de jogos ambientais, que foram produzidos tendo como motivo elementos da fauna e da flora acreana. Os kits são o resultado da cooperação entre a Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Fundação de Cultura Elias Mansour.

Longa estiagem preocupa o governo

Os riscos de que haja um período prolongado de estiagem este ano preocupa o governo do Estado que montou uma comissão para avaliar e se preparar para evitar danos ambientais caso as previsões se confirmem. A comissão foi denominada Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais, reuniu na quinta-feira, dia 2, para montar um plano para enfrentar os possíveis problemas causados por pela estiagem.

O trabalho da comissão será  voltado para cinco focos básicos que é a prevenção, a fiscalização, a produção sustentável, educação e comunicação e combate.

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