Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 4, portaria que reconhece a situação de emergência em nove cidades do Acre (Acrelândia, Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco e Xapuri).
Com o decreto, o Acre passa a receber apoio direto de órgãos federais. O plano de ação de emergência foi traçado pela Defesa Civil Estadual e Municipal e demais órgãos ambientais das esferas federal, municipal e estadual.
O abastecimento de água em Rio Branco é um dos pontos principais do decreto. O processo de vazão do Rio Acre permanece acelerado. Na manhã desta quinta, 4, o manancial registrou a marca de 1,41 metro em Rio Branco, segundo medição realizada pela Defesa Civil. Este é o menor nível já registrado desde a série histórica de 1970.
O governo, por meio do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), segue executando o Plano de Contingência de Abastecimento, implementado em julho. Novas medidas deverão ser adotadas em possível agravamento do cenário de seca, caso o manancial registre a marca de 1,25 metro em Rio Branco.
Paralelamente às ações do plano, o governo também realiza a campanha “Nós contra o Desperdício”, que visa conscientizar a população sobre o uso racional de água.
As ações educativas e de fiscalização estão sendo promovidas nos bairros da capital. A iniciativa começou a ser realizada no Conjunto Jequitibá, na região do Calafate, na quarta-feira, 3, e será encerrada em uma semana.
Queimadas
Com o agravamento do período de estiagem, o índice de focos de calor em todo o estado também aumenta. De julho até agosto, o Acre já registrou 533 queimadas, entre urbanas e rurais, de acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Feijó, seguido de Rio Branco, Tarauacá, Manoel Urbano, Sena Madeira e Cruzeiro do Sul, lidera o ranking de focos de calor em todo o estado.
As queimadas urbanas e os incêndios florestais estão sendo monitorados pela Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema) e demais órgãos ambientais.
A prevenção, o combate e o controle têm sido priorizados pelo governo do Estado, que vem intensificando o combate ao desmatamento no Acre, principalmente no período de estiagem.
Os crimes ambientais estão sendo fiscalizados, e os responsáveis, autuados, como previsto em lei. Operações de fiscalização e repressão são realizadas em todo o estado diariamente pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).