O Rio Acre baixou um centímetro nas últimas 24 horas, registrando a marca de 1,59 metro na manhã deste sábado, 23, em Rio Branco. O manancial, que abastece nove municípios acreanos, está com seu processo de vazão acelerado, em decorrência da forte seca que afeta o Acre.
O monitoramento realizado diariamente pela Defesa Civil aponta que, se continuar nesse ritmo de vazão, o rio deve atingir seu nível máximo de criticidade em setembro.
A ausência de chuva em todo o estado nos próximos dias, diagnosticada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), agrava ainda mais a situação da seca no Rio Acre, que já se configura como a maior dos últimos 40 anos.
A baixa umidade do ar e o aumento da temperatura influenciam diretamente na evaporação dos corpos de calor, o que gera uma queda brusca do nível dos rios acreanos.
Outra preocupação são as queimadas urbanas e incêndios florestais, que em decorrência da seca aumentam e ganham proporções maiores.
Para garantir a produção e o abastecimento em Rio Branco, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) realiza a partir desta semana obra para novo acesso de captação na Estação de Tratamento de Água (ETA I).
Na iminência de ser reconhecido pela Defesa Civil Nacional e pelo Ministério da Integração, o Decreto de Situação de Emergência da Bacia do Rio Acre – assinado pelo governador Tião Viana no início do mês – vai assegurar recursos para que o governo adote medidas necessárias para manter o abastecimento e minimizar os danos da seca.
O Estado tem planejado e executado todas as medidas necessárias para que o abastecimento de água não seja comprometido, mas a colaboração da população é essencial. O desperdício de água deve ser evitado e o recurso natural, utilizado de maneira racional.
As queimadas urbanas e incêndios florestais estão sendo monitorados pela Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema) e demais órgãos ambientais.
A prevenção, combate e controle têm sido priorizados pelo governo do Estado, que vem intensificando o combate ao desmatamento no Acre, principalmente no período de estiagem.
Os crimes ambientais estão sendo fiscalizados, e os responsáveis, autuados, como previsto em lei. A partir desta semana, as forças de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) vão ganhar reforço do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).