A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, divulgou na terça-feira, 23, o 20º Boletim Epidemiológico da Dengue, Zika vírus e Chikungunya. Os estudos mostram que as notificações dos casos das doenças vêm diminuindo no estado.
Segundo a publicação, em 2016, na semana epidemiológica 1 a 32, foram notificados 8.198 casos suspeitos de dengue. Destes, 1.100 foram confirmados, 5.839 descartados, 251 estão em investigação aguardando confirmação ou descarte e 1.008 foram encerrados como inconclusivos por terem excedido o tempo oportuno de encerramento (60 dias). Até o momento, não há registro de óbitos por dengue.
No mesmo período de 2015 foram notificados 11.749 casos; destes, 4.662 foram confirmados, 6.453 descartados e 634 foram encerrados como inconclusivos.
De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica da Sesacre, Eliane Costa, comparando os casos notificados de dengue no estado, por semana epidemiológica nos anos de 2015 e 2016, a semana epidemiológica 6/2016 apresentou maior número de casos 662. “No mesmo período do ano anterior, o maior número de casos ocorreu na semana epidemiológica 3/2015, com 947 casos”, informou.
Febre Chikungunya
Com relação aos casos de febre Chikungunya notificados em residentes de Rio Branco, em 2015, as investigações evidenciaram tratar-se de casos importados (considerando que os pacientes haviam viajado para áreas com circulação do vírus), primeiros casos autóctones (na região) foram confirmados somente em 2016.
Eliane Costa explica que no período de janeiro a 16 de agosto de 2016 (semana epidemiológica 1 a 32) foram notificados 1.013 casos suspeitos de febre de Chikungunya no Acre. Sendo Rio Branco a cidade que registrou maior incidência, 748 casos. “No mesmo período do ano anterior, na capital, foram registrados quatro casos de febre Chikungunya”, esclareceu.
Zika vírus
De acordo com o Boletim Epidemiológico desta semana, de janeiro a de agosto foram notificados 1.416 casos suspeitos de infecção por Zika vírus, no Acre. Destes casos, 473 amostras biológicas foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e um ao laboratório Labco Noûs (laboratório internacional de análises especiais e avançadas), para diagnóstico.
“Os resultados estão assim distribuídos: 24 positivos, 23 negativos e 427 aguardando análise. Os municípios que apresentam casos positivos são Rio Branco, com 24 casos e Jordão com um caso. Contudo, neste caso do Jordão estamos aguardando o resultado da entomologia, que verifica se o vetor está presente no município, porque o paciente pode ter contraído em outro local”, explica a gerente da Vigilância Epidemiológica.
Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central
Em 2015, a Vigilância Epidemiológica iniciou o monitoramento de nascimento de crianças com microcefalia, tendo em vista que no país registrou-se casos correlacionados ao Zika vírus.
Desde o início do monitoramento, em 2015, foram notificados 11 casos. Em 2016, a Sesacre notificou 34 casos. Desses 45 casos, 41 são de pessoas residentes no Acre, três de Rondônia e uma no Amazonas. A Vigilância ressalta que as investigações dos casos importados (de outros estados) são de responsabilidade do estado de origem.
Segundo o Boletim, dos 41 casos residentes no estado, 30 casos foram descartados por investigação clínica – epidemiológica e/ou laboratorial, nove estão sob investigação e dois foram confirmados. Dos casos descartados 22 são de Rio Branco, um de Feijó, um de Tarauacá, dois de Porto Acre, um de Epitaciolândia, um de Cruzeiro do Sul e dois de Sena Madureira.
“Dos casos confirmados, um apresentou microcefalia com alterações do sistema nervoso central relacionado ao vírus Zika e foi a óbito e, um caso com microcefalia e alterações do sistema nervoso central relacionado à infecção por toxoplasmose. Os casos confirmados foram de Rio Branco”, destaca o informe oficial.